Naturalmente



Recolho de Eduardo Lourenço o angustiante confronto da nossa condição entre a «tragédia cultural da domesticação da natureza», e a definição dessa mesma condição pela «vontade de descobrir o mundo, de o conhecer e transformar». O problema é que a nossa peregrinação é feita desta malandra mas luminosa arreliação.

Felizmente a “Natureza nunca toma partido” (*) dos seus adoradores, pelo que “desdenho” a «imposição das leis de um naturalismo preguiçoso, limpo e espontaníssimo».

E como desfruto ao descer um elevador panorâmico, que esventrou uma falésia a caminho duma praia burguesa enquanto oiço apenas o Billy Joel !...

A “poesia” e a “natureza” são apenas grafismos sui generis e sobreavaliados duma criação que não precisa de pedigree.

Nem de incompetentes como eu para as apreciar.



E um ano novo que não vos “reveille” do bom sonho.



(*) Frase retirada do livro de Gonçalo Tavares “Um homem : Klaus Klamp” . Óptima revelação – minha... – deste final de ano que, arriscando num “ladainhar aforístico” dentro duma perturbante ficção, mostra frescura de quem pensa sem medo das “coisas” chamadas palavras.

A última citação era dum interessante artigo de João Lopes no DN sobre o cinema moderno (de há uma semanas).
A “ascética” do “ano novo vida nova” realça o cocktail da ingenuidade humana misturada com a sua crueldade. O novo dicionário não ilustrado não podia perder esta ocasião para apelar ao sossego que é a bebida pura do “deixandar”. Numa singela homenagem ao “adia tudo” de Pessoa. ( entradas 399 a 409 )



Começar de novo – É o sonho da vida-em-playstation. Tudo ao alcance de um botão e duma password. Só que o software do Destino é de download ilegal, e quando pensamos que o sacámos, verificamos que afinal vem cheio de vírus.



Agora é que vai ser – Se formos nós a dar o tiro, nunca faremos falsas partidas. Os mais espertos levam a linha da meta no bolso de trás.



Mudar de vida – Os momentos de viragem são encantadores, principalmente se pudermos estar ao leme a beber uns refrescos, com o resto da tripulação dividida a esfregar o convés e a entreter-se com as velas.



Pôr o passado para trás das costas – O peso acaba por nos curvar em demasia, e a dança “do que lá vai, lá vai” soará a samba fadunchado.



Há que olhar em frente – Viver de peito feito e não olhar para trás pode aparentar resolver o problema duma vida sinuosa e até prevenir os remorços-de-torcicolo, mas não esclarece o mistério da peregrinação.



Nunca é tarde para mudar – Quando for eu a mandar, fico a segurar nos ponteiros. Não me fio em relógios que trabalham em auto-gestão.



Seja o que Deus quiser – Viver online com a providência divina. Gigas ilimitados de esperança é só no adsl dos bens aventurados.



É hora de dar um rumo certo – A orgia de entroncamentos em que gostamos de transformar a nossa vida, coloca-nos em constante risco de fazermos alguns troços em contra-mão, chamando aos outros egoístas ou incompetentes.



O futuro está nas nossas mãos – Os que julgam que têm mãos de oiro, gostam de ficar a adorá-las, pensando que se podem lambuzar sem ficar pegajosos. A memória desforra-se porque é tensioactiva.



Virar a página – Ver a vida como uma resma de acontecimentos. Uma rabanada de vento pode deixar-nos as páginas trágicas coladas ao corpo.



É tempo de repensar tudo – Pôr a vida à mercê duma segunda lavagem pelo neurónio mais a jeito. E como se segue geralmente a enxaguada da experiência, os recursos vão encolhendo.

Born in us



Hofmannsthal diz no Livro dos Amigos que “A cerimónia é a obra espiritual do corpo “. Nem é uma frase especialmente feliz, mas traz-me à pele a sensação de excessiva valorização do simbólico, que hoje é recorrente nos vários “discursos da modernidade”.

O cristianismo vive duma fortíssima tensão entre o simbólico e o apego aos factos. Tudo se resolve – penso – naquilo que se pode chamar a “descoberta de Deus dentro de nós”.

Todos somos um presépio. Onde Deus nasce sem cerimónias.

Boas festas.

O natal foi como Deus quis. O novo dicionário não ilustrado despoja-se das suas vestes de reles definidor, e entrega-se com o desprendimento possível ao banho da contemplação. Hoje não se me vai despedaçar o coração, mas também não o porei muito ao alto; estarei antes “ao jeito” do personagem de S. Beckett : o ventrículo na sabedoria do presépio, e o aurículo na futilidade dos factos. ( entradas 389 a 398 )



Sagrada Família – Desde que os anjos deixaram de aparecer nos sonhos, a família perfeita ficou entregue aos pesadelos da sorte.



Reis magos – O poder já foi errante, inconformado e reconhecido. Agora erra em conformidade, e desdenha depois de ter comido.



Recenseamento – Um acto de contagem administrativa esteve na origem das circunstâncias do natal fundador; Os novos filhos da estatística pelam-se para recuperar esse poder imperial.



Ouro, incenso e mirra – Os bens mais preciosos não são cobiçados, mas apenas recebidos.



Estrela guia – O novo firmamento deixou-nos entregues às luas de ocasião.



Manjedoura – O único local de “culto” que verdadeiramente frutificou sem crises de simbolismo, nem trejeitos de modernidade.



Pastores – Muitos dos novos “espalhadores de boas novas” adormecem agora encostados ao cajado da notícia.



Matança dos inocentes – Como já não há inocentes, todos participamos na matança de dentinho afiado. Uns salivam mais que outros, é certo.



Herodes – Subornar e depois cortar rente, é a sina dum poder que faz figura de corpo presente



Fuga para o Egipto – Dêem-nos um burro em condições e verão que nos pomos todos ao caminho.

Hoje o novo dicionário não ilustrado ficou obcecado com alguns dos grandes sequestros da nossa condição e do nosso tempo. ( entradas 376 a 388)



Billyes reféns de Mónicas – Quando uma nódoa dum vestido, traz um homem “espermido” até ao tutano.



Corpo refém da alma – Quando uma vontade férrea é um joguete na mão dum etéreo oxidante.



Alma refém do corpo – Se um espírito nobre se entrega à ditadura das boas maneiras,

não passamos duma mosca fugindo eternamente da sopa, sem chupar sangue nem zumbir em condições.



Durão refém de Portas – É a sina duma grande mijadela. Tal como na clássica teoria do valor, os últimos pingos são os que podem estragar tudo.



Sexo refém do prazer – Quando o hermafroditismo é a ameaça que percorre as veias dum cacilheiro chamado desejo.



Homem refém de Deus – Suave submissão camuflada de amarga fatalidade pelo entulho do orgulho.



Schröder refém dos Verdes – Quando “um banana” fica entalado num molho de brócolos, a salada da crise sabe tanto a palha que só se fala dos asnos dessa paróquia porque a nora não desenvolve em condições.



Liberdade refém do destino – Um tal de arbítrio que corre livre e sem amarras, mas com apeadeiros certos por causa dos abastecimentos obrigatórios.



Paz refém da guerra – Irmãos sempre confidentes e aspirantes a uma herança comum, fazem das partilhas um regabofe de cimeiras



Benfica e Sporting reféns do FCPorto – Sempre à espreita duma “abébia”, o melhor que arranjam para desanuviar um bocadito, é fumar uma beata às escondidas, quando o Mourinho se vai distrair com uns charros a sério.



Verdade refém da notícia – Entregue à sua sorte pelo desprendimento dos deuses, a verdade vendeu a alma ao jornalismo para poder sobreviver à matilha das ideologias



Amor refém da sua correspondência – A versão desinteressada do amor caiu num poço dos jardins do paraíso, e o preço que pagou para vir para cima, foi ter de passar a vida a prestar contas à corda que o puxou.



Gasolina refém do dióxido de carbono – Nas combustões mais entusiasmadas a potência acaba por se envergonhar perante a arrogante ditadura das proletárias moléculas



Imagem refém da vaidade – Quando o "espelho" se cansou da sua mera condição física de reflector, assumiu o papel de brigada de trânsito da alma penante.

O novo dicionário não ilustrado avia mais meia dúzia de dispersos do “flagrantário” real ( entradas 370 a 375 )



Europa em crise – Quando a cartografia política se excitou, ficámos entregues a desenhadores de mapas com falta de canetas de feltro às cores. Os sublinhados substituíram os coloridos e - everest dos lugares comuns – os números e as palavras assumiram a vertigem de arredondar as pessoas.



Legalização do aborto – Nas prescrições para escolher as doses certas numa civilização saudável, esta página estava rasurada. A auto-medicação tomou conta das hostes, e agora não há farmacêutico que convença ninguém que a “barriga” duma mulher não é um jarrão de flores que se amanham a condizer com a cor das paredes.



Julgamento de um ditador – Quando não se consegue definir a rês do réu, a barra do tribunal é mais um aparelho de ginástica em que as piruetas garantem sempre a pontuação máxima.



Choque de culturas – Quando um véu cobre um rosto apregoando que salva uma alma, o melhor é benzermo-nos porque uma cruz pôde salvar todas.



Terrorismo – Quando o terror é feito ideologia, é o momento de desprezarmos outra vez as ideologias, porque já foram longe demais à cata dos piolhos.



Solução para o médio-oriente – Paradigma da possibilidade encalhada. Ela existe, mas está escondida algures entre o bidé onde se lava a certeza, e a fossa onde desagua a dúvida. Mãos de fada rondam o local, mas não há maneira de encontrarem a varinha no meio do sifão.

O Rei Lear do Sheik suspiro



Tinha lido a "estupefacção" do TerrasdoNunca pela falta de opiniões profundas sobre o Iraque..... e preparava-me para reagir de forma esclarecida quando uns olhitos azuis muito abertos, daqueles que só reflectem as boas angústias raiadas da alma, me lançam o apelo para mais uma sessão de “Rei Leão”. Incapaz de reagir, fui arrastado para aquela selva com o enfado da paternidade resignada.

Entreguei o olhar ao espírito amansado pelos bons predadores, sem despertar no ódio aos predadores maus. A lei daquela selva que nem se discute, que até pode provocar o choro das crianças, é uma lei também frágil, mas sustentada por uma força “enjubada” num poder que se exerce e pronto. Se for preciso ficar a ver as estrelas ao relento com um javali mal cheiroso, pelo menos que se vá mandando umas piadas. O folhetim seguirá inexorável.

Torna-se-nos difícil hoje, olhar para o poder naquele estado bruto em que ele pura e simplesmente é exercido. Aparentemente esse estado já estaria tão mitigado, que deveríamos poder desfrutar da anca bamboleante da Jennifer Lopez, sem termos de nos preocupar com o que fazem com os impostos que ela paga. Este sonho era bonito, mas ruiu e apanhou-nos aparvalhados em fantasias “legitimistas” teorizando sobre as hienas.

Agora quando o circo do poder descer outra vez à cidade, os miúdos vão-se acotovelar para ver os palhaços e pouco vão ligar às feras, porque já viram tudo na televisão. É o preço que os falsos domadores vão pagar por terem querido ficar inocentes.

A melhor e mais saudável maneira de lidar com um poder ansioso é reconhecê-lo sem falsos pudores. Muito estadista engravatado também foi apanhado numa toca, só que mais confortável que a de Saddam.

A Europa “desejou” a guerra para poder passear o demónio americano numa bandeja, e agora nem o consegue exorcisar, nem este se entende no inferno que lhe caiu em rifa. Os suspiros são de pólvora.

Resta Deus, os livros de Madonna e fugir aos impostos.

Aquilo que se chama a “chicana política” é o que "ela" tem de mais interessante, porque é na nobreza da pequena intriga que se descobrem os verdadeiros cavaleiros andantes. A neblina do flirt ideológico turva os contornos, e muitas vezes desperdiça-nos a alma no trabalho da focagem. Hoje o novo dicionário não ilustrado está novamente de ânimo leve e aprecia o cair das últimas folhas do Outono do nosso contentamento.( entradas 363 a 369)



Fundações – Animadas de um sonho filantrópico, almas sem borra concentram a boa vontade numa cafeteira, que ferve de interesses e transborda de arrufos de comadres.



Cooperativas – Animados de um sonho, juntam-se umas quantas pessoas que ou pisam uva por interposto “presunto”, ou pagam imposto por interposto contribuinte.



Institutos – Animados pela conciliação do sonho burocrata com a aurora liberal, uma mão cheia de nadas armados em “valores”, convidam um punhado de cifrões armados em “convicções” e enchem uma casa bem mobilada.



Comissões parlamentares – Animados da vontade de bem servir e apaparicando o mito da representatividade, os deputados arregimentam-se numa dança de marionetas que só não coçam a cabeça porque os cordelitos atrapalham.



Universidades – Animados do sonho do conhecimento funcionário, e do afã da sua disseminação, os espíritos mais nobres desguarnecem o saber escancarando-lhe as portas aos ignaros ambiciosos e atrevidos.



Utilidade pública – Animados do sonho de possuir um estatuto, os despojados da fortuna moral esgadanham-se na senda de um decreto concreto, que se for secreto tanto melhor.



Bolsas para criação artística – Pomposa designação para os subsídios entregues a alguns deputados sobre a forma escritural de “salário”.

Olho vivo

Outro brinde inesperado do Avatares!

Nunca se pode ver uma fotografia de Juliette Binoche e ficar indiferente.

Se me olhassem sempre assim até eu me fazia antropólogo.

A Obsessão Santana



No seu excesso de zelo a defender o PSD das tropelias de Portas e de Santana, J. Pacheco Pereira ( artigo do público)esquece que uma canditatura presidencial com sucesso é um projecto essencialmente pessoal. Ao alcance não dos mais capazes, não dos mais brilhantes, não dos mais serenos, não dos mais lógicos, não dos mais filantropos, nem dos mais sonsos.

Não vale a pena tentar ser o grande desmistificador da trivialidade, porque é para esse lado que ela dorme melhor. Desarmar “o tal de populismo” apenas com artifícios de racionalismo esclarecido, mais não faz que entrar no número dos palhaços do circo, vestido de cão amestrado.

O melhor que o país pode ter é mesmo ver os pretensos candidatos irem-se chegando à frente dando o corpinho ao manifesto. Um pião testa-se rodopiando, os peões é que se testam e sacrificam deixando-se comer pela rainha.

J.Pacheco Pereira utiliza com mestria a técnica de argumentar ao som da música que sabe gostarem de ouvir os que o lêem, mas não descortinou que apenas adormece ou faz sorrir os que se sentem tentados a escolher Santana.

Esquece-se também que para princípio de conversa bem podia ter avisado que:

Santana tem todo o direito de querer ser presidente

Santana tem todo o direito de achar que é um bom candidato

Santana tem todo o direito de ocupar o espaço mediático

Santana tem todo o direito de também ser hoje controverso e amanhã consensual

Santana tem todo o direito de achar que ser popular não é ser parvo

Santana tem todo o direito de achar que este é o tempo de ir testando o caminho

Santana tem todo o direito de pensar que a questão presidencial não afasta nada nem ninguém dos problemas importantes

Santana tem todo o direito de pensar que falarem dele é bem melhor que falarem das inenarráveis aventuras do Sr. Figueiredo, da U. Lusíada, da Casa Pia, e do Theias.

Santana tem todo o direito de dizer que foi dos primeiros a avisar da derrocada de Cavaco

Santana tem todo o direito a dizer que se não fosse ele, hoje o presidente da Câmara de Lisboa era o Joãozinho do elevador panorâmico

Santana tem todo o direito a dizer que deu uma ajuda determinante para o PSD estar no poder

Santana tem todo o direito a perguntar se a boa fé é património só dos outros

Santana tem todo o direito a dizer que Portas pode ser para ele o que Cunhal foi para Soares

Santana tem todo o direito a dizer que o PSD está melhor distraído com ele, do que contraído à espera da bênção de Cavaco.

Santana tem todo o direito a usar da demagogia da imagem popular, se outros usam a demagogia da imagem anti-popular



E eu tenho todo o direito de dizer que não o conheço, mas acho graça aos arrepios de espinha que ele produz nas mentes mais iluminadas, e que julgam ser os capitães iglo da estratégia, distribuindo douradinhos de saber pelos grumetes sorridentes mas compenetrados na faina.



Sic transit gloria mundi



Como a brigada de trânsito está muito habituada a lidar com os comportamentos altamente agressivos e atípicos dos condutores portugueses, o sr. Figueiredo lembrou-se de enviar a dita brigada substituir os GNR que estão no Iraque, e assim aproveitar para aliviar a tensão que se vive no seu seio.(e a Nélinha FLeite ficou finalmente com o pelouro das multas de trânsito...)

A primeira “operação stop” nas estradas da nova Babilónia decorreu em beleza.( mas a SIC não estava lá )

Aproxima-se um carro com Bin Laden e Saddam, e é mandado parar pela nossa brigada....



Brigada (cabo 1º) – Podiam-me mostrar os documentos sff



Bin Laden (que ia ao volante) – Ó Sr. Guarda este carro por acaso é da minha mulher, e ela é que tem os documentos na carteira ( Saddam não consegue disfarçar uns risinhos)



Brigada (cabo 1º) – E tem possibilidade de contactar com a sua senhora?



Bin Laden – O problema é que ela agora não pode atender porque ficou com a burka entalada num pesponto da baínha.



Brigada (cabo 1º) – Vou ter de lhe apreender a viatura, porque o senhor também não tem o selo colocado no canto superior direito



Saddam – Eu bem tinha dito ao Tarek para pagar a merda do selo, o sacana deixou outra vez passar o prazo. Ó Sr. Guarda sabe o que é, o meu empregado estava na bicha quando o Bush enviou o primeiro balázio...



Brigada (cabo 2º) – A sua cara não me é estranha....



Saddam – Bem, eu já fui uma vez ao “quem quer ser milionário”, e...



Brigada (cabo 2º) – Já sei! Foi nos “malucos do riso”. Você é danado para a brincadeira...



Bin Laden – Ó Sr. guarda está a ver ... é que nós estamos com uma certa pressa...e eu levo ali uns yogurtes para as crianças e podem-se estragar...



Brigada (cabo 1º) – Agora é que eu estou a ver bem, a sua cara é parecida com aquele terrorista do Afeganistão. Mostre-me lá a mercadoria sff



Bin Laden – Ó Sr. Guarda... aquilo é capaz de estar a cheirar um bocadinho mal, porque o antrax com o tempo via ganhando bolor



Brigada (cabo 2º) – Ó Zé, o antrax não é aquela coisa marada que metiam nas cartas do correio? Estes sacanas se calhar são contrabandistas!



Brigada (cabo 1º) – É lá ! Logo no nosso primeiro servicinho apanhamos uma infracção múltipla! Faz favor de mostrar a vossa identificação! Estou a ver... Sr. Álvaro Soromenho e Sr. Luís Gonzaga... de Sta. Iria da Azóia...passaporte emitido pelo consulado em Zurique...e têm aqui uma carradas de viagens a França...



Bin Laden - ...Foi à Eurodisney...Sr. guarda... e depois passámos pelo santuário de Lurdes...



Brigada (cabo 2º) – Por acaso eu tenho uma prima minha que esteve lá uma vez a fazer uma promessa por causa duma espondilose...



Saddam – Ah! nem queira saber Sr. Guarda o que eu passo com isso....Já estou quase marreco de atravessar tanto túnel.



Brigada (cabo 1º) – Bem chega de conversa, os Srs. não se fazem acompanhar das guias de transporte da mercadoria. Isto sim é uma infracção grave! Qual é a vossa empresa?



Saddam – Bem... é ... a ..McDonald’s !



Brigada (cabo 1º) – Ó Chico..vê aí se essa empresa vem na lista que o chefe nos entregou...



Brigada (cabo 2º) – Não vem. Os gajos estão lixados. Srs. Condutores vamos ter dos autuar, e têm de nos acompanhar ao acampamento dos italianos...



Bin Laden – Ó sr. Guarda não nos faça isso pela sua rica saúde. A gente se calhar consegue resolver isto de outra maneira...



Brigada (cabo 1º) – Não há outra maneira! E ainda para mais os senhores parecem aqueles das cartas com que a minha Alzira faz o tarot lá no Seixal...



Saddam – Eih... onde essa merda das cartas já vai... Bem... eu tenho uma proposta séria: a gente entrega-vos aqueles pacotes de “açúcar” que estão aqui no porta-luvas, e vocês dizem que descobriram as armas de destruição maciça. O vosso governo aumenta-vos no subsídio de risco de certeza absoluta.



Brigada (cabo 2º) – Você está parvo! Essa merda do subsídio vai-se todo nos impostos. É para pagar já e é se não quer ter mais problemas daqui para a frente.



Bin Laden – É pá o melhor é pagar já, que estes gajos não andam aqui a brincar às emboscadas como os americanos, chiça...



Saddam – Espera aí...de quem nós somos muito amigos é daquele rapaz... o Kadafi !



Brigada (cabo 2º) – Ora vamos lá ver ....letra C....não...é estrangeiro ...ora K ...está aqui! Certo. Parece que a Ferreirinha Leite vai-lhe comprar um banco.



Brigadas (cabo 1º) – Bem, então podem passar.



Bin Laden – Porra. Com estes portugueses estamos tramados...um gajo ou tem conhecimentos ou não se safa.

Estrelas carentes



As relações humanas – dizem – são muito ricas

- “Já confiei mais em ti do que confio agora”

Formam um universo de geometria variável

- “Antes ouvia alguém a dizer que tu tinhas feito alguma coisa, e bastava tu dizeres que não tinhas feito que eu acreditava em ti”

com os eixos a dançar

- “Já tiveste razão para desconfiar de mim, agora não”

num constante big-bang

- “Se casarmos vais estar sempre a perguntar a que horas saio, a que horas entro, e eu não tenho paciência para isso”

E quem marca o norte são as estrelas cadentes

- “Não dá para casar contigo se continuas assim”

apanhadas pela lente da curiosidade

-“ Olha, vamos ver no que isto dá”

só é pena que espreitar seja feio.

- "É que eu já não sei viver sem ti"

Mas se não olharmos para as estrelas elas deixam de ter razão para brilhar
O real despojado



(...)

Olá! Eu cá sou o “real”. Estou um bocado saturado. Estão sempre a maçar-me com descodificações. Andam todos com a mania de me apanhar os tiques, e eu sinceramente já não tenho paciência para aturar tantas opiniões e tantos olhares finos e penetrantes.



Com os gregos eu safava-me bem, porque os tipos inventaram aquela coisa dos deuses, e como havia um para tudo eu passava despercebido assobiando para o lado entre escravos e guerras púnicas. E o Platão até deu uma ajudinha com o esquema da caverna, só que eu passei lá um Inverno desgraçado porque aquilo era muito húmido e tive de desistir.



É que isto de “existir” já é um desassossego por causa das intrigas surdas entre o “ser” e a “essência”, e agora o pessoal ainda quer que eu tenha de servir de ama-seca à “substância”. Sinceramente, um “real” não é de ferro e qualquer dia vou-me amancebar com a “poesia” para ver se não me chagam mais o juízo.



Bem é verdade, eu ainda tive alguma esperança há uns tempos com aquele rapaz o S. Freud. O gajo topou-a bem, e parecia que isto ia correr de feição para o meu lado, com tudo entretido nos sonhos da malta; só que porra, acabar por ser confundido com um “sonho”, também não estive para isso, e até já estava a ficar com uma dor desgraçada nas costas por causa daqueles canapés manhosos onde tinha de me deitar.



É evidente que já aturei uns tipos graxistas como o diabo. O pior era aquele caixa d’óculos do Sartre que não me largava a peúga sempre a dizer que eu é que era importante e que não precisava de amigos blá, blá, blá; ora eu até sempre gramei umas boas cowboiadas, por exemplo com a “natureza humana” eram farras que só visto; mas o gajo insistia sempre que nós estamos “sós e angustiados”, e sinceramente o que eu quero é divertir-me e o último que apague a luz.

E para “subjectividade” francamente já me chega esta ultima cegada que são os jornalistas. Então não é que me impingiram uma filha ilegítima que se chama “notícia”. Eu nego tudo. Façam os testes que tenham de fazer. Os meus advogados já vão tratar do caso. E ainda por cima a sacana, não é que já está a reclamar a herança!! Ela primeiro que se entretenha a brincar aos enfermeiros com a “literatura de vão de escada”, (parece que esta descobriu agora uma coisa chamada “estereótipos”, e como não soa bem a escrever, às vezes chama-lhe “cromos”) e quando me derem um netinho eu vou ver o que se pode arranjar.



Isto desde que o Guterres se foi embora com o “diálogo” a minha vida nunca mais foi a mesma. Que cansativos, pá!...

Se calhar também vou rasgar as minhas vestes. (...)



e o gajo mais não disse...
Dissertar sobre o liberalismo é uma perca de tempo.

O liberalismo é uma trivialidade ideológica que não acrescenta nada na “ciência” política. Enfoca de esguelha a análise do estado, e reduz-se a meia dúzia de frases feitas, que alguns filósofos bem falantes ajudaram a cicatrizar. Até um caniche pode ladrar liberalmente, mas mesmo com um belo berloque, nunca alcançará ser um ilustre, sensato e empolgante burocrata. O novo dicionário não ilustrado põe a enxugar um conceito que tem tido várias lavagens no programa errado.( entradas 353 a 362 )



Estado liberal – Espécie de "kitchenete" que algumas "casas" possuem. Algo que tem que existir porque senão até parecia mal; fica ali encafuada num canto da sala com umas mobílias de design italiano, mas o pessoal da casa o que grama mesmo é ir comer fora.



Estado absolutista – Quando o déspota iluminado negoceia o “contrato social” de forma a nunca precisar de restituir o sinal em caso de incumprimento.



Estado de sítio - Circunstância de particular interesse na qual se verifica que o amor ao próximo está encalhado no bolso dos trocos do amor ao próprio.



Estado de graça – O conceito em registo hipnótico, sonhando com uma "magna carta" escrita a feitio e um éden de mercedes novinhos em folha



Estado Nação – Conceito importado das ancestrais técnicas da doçaria tradicional, pelas quais um bolo deve ser cozinhado dentro da forma certa e sempre bem untada, senão um pudim “abade de priscos” mais parece um pastel de nata.



Estado da nação – Baronato da droga enxertado em padrinho mafioso, no qual o “beijar a mão siciliano” foi substituído pela piedosa reverência ao paternalismo racionalista.



Estado Natural – Se temos efectivamente tendência por natureza a viver em sociedade, porque é que o Aristóteles sempre se recusou a comprar o passe, e Leonardo não inventou logo o metropolitano?



Estado de direito – Este conceito derivado da subordinação dum facto-conceito abstracto (o estado) a outro que de concreto nada tem (o direito), constitui-se numa faiança do mais fino artesanato demagógico. Geralmente é exposto já em cacos.



Estado soberano – Procurando esquecer – recalcando – que mais não é senão um “protectorado-libertado”, o seu desejo secreto é mesmo proteger-se eternamente dos malandros dos seus súbditos, convencendo-os de que a outra alternativa é sermos todos um grande Burundi.



Estado pessoa de bem – Se “homo homini lúpus”, então quando “enrebanhamos” a única pessoa em quem se pode confiar é na Heidi. O próprio avozinho pode estar ao serviço do lobo.

Constou-me que o lema escolhido por Rui Rio para a sua governação foi “ Rigor e Consciência Social”. Eu confesso até gosto deste rapaz, e tenho pena de não me ter lembrado dele nas ultima entradas do novo dicionário ...
Novo paradoxo do Rui Rio – Um homem pode estar na câmara do Porto sem estar na cama com o FCPorto.
Não foi no entanto esta entrada apócrifa que me trouxe aqui. Foi a constatação de que os conceitos “rigor” e “consciência social” não combinam. Esta última expressão tem tantas valências que nunca poderá será rigorosa. Em tempos ( 6 de outubro) o Novo dicionário não ilustrado já se tinha debruçado sobre alguns estados de consciência, mas este tinha-lhe escapado. Hoje para tapar este buraco, vai uma rodada especial de argamassa :( entradas 343 a 352)
Consciência Social ( versão S. Freud ) – Estado de libertação do recalcamento produzido em criança por termos assistido ao nosso pai dar um enxerto de porrada num pobrezinho que estava arrastando a asa à nossa mãe. Afinal era uma esmola que ela tinha dado em moeda estrangeira e o mendigo só queria saber o câmbio “ao certo”.

Consciência social ( versão António Damásio) – Parte do cérebro que faz esquina entre o mesencéfalo e o diencéfalo. É uma zona de gaveto muito arejada para os neurónios, e faz com que um gajo quando vê um pobrezinho a pedir se lhe dê um arrepio na espinha que só visto.

Consciência social ( versão Hannibal ) – Zona apetitosa e que dá aparência de boa chincha, mas depois vai-se a ver era só ossos.

Consciência social ( versão Darwin ) – A sua criação marca o momento empolgante da evolução humana no qual um chimpanzé pisa uma bosta de cão, e por milagre vê os seus pêlos começarem a concentrar-se todos apenas entre as pernas. Atormentado pela vergonha, o chimpanzé inventa as casas de banho públicas e as coleiras para as pulgas, e passam a chamá-lo “gajo”.

Consciência social ( versão Lévi-Strauss ) – Mito bem esgalhado que permitiu aos seres mais espevitados roubarem o fogo aos mais distraídos para construírem uma lareira na “salinha de estar”; não deixaram no entanto de pensar nos outros, reservando-lhes a rara oportunidade de irem carregando com a lenha.

Consciência social ( versão Canal Odisseia ) – Quando os leões solitários conseguem conquistar um grupo, a primeira coisa que têm a fazer é limparem o sebo às crias que estão a ser amamentadas pelas leoas do clã que agora querem cobrir. Só assim é que estas leoas entram em novo cio, e não perdem muito tempo até começarem a fornicar com o assassino dos filhos.

Consciência social ( versão Nélinha F.Leite ) - Rubrica nª 34-0005/RS2/4556 do Orçamento de Estado.

Consciência social ( versão Tomas Edison ) - Luzinha que pisca intermitentemente sempre que vemos um patrão rico e anafado entregar o salário a um empregado mal remediado, e este apetecendo-lhe mandar o primeiro limpar o cú ao mísero cheque, acaba por ir a correr “descontá-lo” ao banco, porque o cabrão do patrão não foi capaz de fazer uma transferência bancária em condições.

Consciência social ( versão menopausa ) - Transformação "psicovárica" que permite à mulher deixar de considerar o parceiro num mero sócio do negócio da procriação.

Consciência social ( E. Durkheim ) - Ratio do “nº de pobres” / “nº de roupas vendidas em segunda mão”, encavalitado na percentagem de arrumadores por seringas enfiadas no lixo, e que demonstra – ainda que com alguma reserva metodológica – que mais vale ser feliz e rico que infeliz e pobre.
Culto da Personalidade



Vinha a descer pela auto-estrada que foi iniciada por Salazar e terminada por Cavaco, quando sou alertado pela rádio criada por Rangel que a dita está cortada. Ainda a tempo, desvio pela auto-estrada “criada” por Guterres e passo ao largo das serranias onde Pedro se encontrava às escondidas com Inês, não muito longe do pinhal mandado plantar pelo D.Dinis. Faço tangentes às linhas onde os generais de Napoleão deram com os costados, e quando estou a chegar à Padre Cruz, oiço na rádio do CBarbosa, que o Sr. Figueiredo (ministro) vai anunciar o nome do novo comandante da Brigada de Trânsito. Chiça! Parem com essa merda dos nomes e digam mas é onde estão os radares.

Este blogue é praticamente científico. Mas somítico. Arranja as premissas nos saldos, nunca vira as costas a uma boa promoção de sofismas e adora ser o primeiro a descobrir uma teoria pechinchada no meio dos trapos velhos. Por princípio o novo dicionário não ilustrado não tem princípios, mas também não se deixa levar pela ladainha da ambiguidade. ( entradas 334 a 342 )



Novo teorema de Pitágoras – Quando um político de esquerda absolutamente quadrado se encontra com outro político de direita absolutamente quadrado para traçarem uma política transversal, o resultado é um rotundo fracasso.



Novo paradoxo de Giffen – Quando sobe o preço do pão é garantido que as forças do bloqueio vão passar o tempo nas padarias a comer papo-secos de empreitada. O consumo anacrónicamente vai subir porque não há graveto para o bife do lombo; os talhantes ficam “em brasa”, o FAssis arrisca-se a levar com outros “papo-secos” e o PS fica mais uns tempos sem ver o “padeiro” que entretanto foi gozar o pagode.



Novo Princípio de não contradição – Duas políticas contraditórias não podem ser verdadeiras nem falsas ao mesmo tempo, são apenas para cumprir ao mesmo tempo... e pronto.



Novo postulado de Euclides – Um partido instalado fora do sistema tem apenas um paralelo com os outros: a tendência para a sobrevivência a qualquer preço.



Novo Paradoxo de Zenão – Quando um partido pretende uma maioria absoluta, primeiro teria de garantir a sua metade e assim por diante, ficando sempre uma metade por alcançar. Ora se está demonstrado que é possível chegar à sonhada maioria, é porque o movimento da política se dá lindamente caminhando apenas entre as meias verdades.



Novo Paradoxo de Russel – Quando um político diz que vai governar para quem mais precisa começa por governar para si próprio.



Novo Paradoxo de Banach-Tarski - Se tentarmos dividir um pequeno-partido-político-armado-ao-pingarelho num número finito de tendências, essas subcorrentes poderão ser reagrupadas por forma a constituir um novo partido tão grande como o bloco central.



Novo Paradoxo do centro de gravidade – Nem sempre quanto mais baixo está o centro de gravidade de um sistema, mais estável é o sistema. Quando a populaça votadora está concentrada nos folhetins dos “altos gabirus”, vai–se entretendo “arreganhado a tacha” e diluindo-se estavelmente na espraiada apatia da frouxa base do sistema.



Novo Paradoxo da cassete – As teorias políticas que se arrogam de ideologias da libertação acabam por só nos convencer de que o melhor é agarramo-nos à realidade que temos.

Agora um pouco de política

porque não podemos passar o tempo a tratar de assuntos sérios



Corri alguns riscos confesso. Fui ler o artigo do FLouçã no Público despido do conforto dos preconceitos. Não sei...falava daquela coisa dos estudantes, com um carinho contra-corrente que apetecia; eu que até adiro com gosto pueril àquela ideia esquerdófila do ensino universal e gratuito, vejam lá...sublinhei passagens e tudo!( às escondidas claro...)



“para além do discurso etéreo das televisões sobre o país imaginado (...) existe uma política confrontada com as escolhas sociais que nos vão mudando“

Ai que ele vai fazer a folha aos mitificadores da nação! A coisa prometia...mas afinal o FLouçã , desde que o nomearam para grande descodificador da realidade, virou anjinho em FM. ... meteu a cassete do “caça liberalismos” do costume, e deixou de enxergar que não existe política nenhuma de “transformar o país num imenso mercado sem direitos sociais”. Há uma mera gestão do negócio de ocasião. O país gerido como um imenso condomínio: os elevadores são prioridade, as infiltrações no terraço devem ser pagas pelos do último andar, quem não tem as quotas em dia leva com o nome escarrapachado numa lista pregada no hall de entrada. O social é haver dinheiro para pagar à porteira. E pagar o menos possível, desde que tenha a escada limpa.

Há ‘pera aí ! ele vai definir o que pensa a esquerda e a direita....:

“ para a direita é mais eficiente socialmente fazer pagar o ensino, porque assim lá chegará quem compra esse direito (...) para a esquerda a diferenciação não pode ocorrer no acesso mas somente no mérito no uso do direito” , and again...”para a direita é uma questão de eficiência de recursos (...) para a esquerda há bens que têm custo mas não devem ter preço”

É pá, então as frases giras são todas só para a esquerda... a direita só leva com as palavras que ninguém grama...Olha ! olha,! outra frase com muita pinta:

“O elitismo mercantil defende-se ainda com a fanatização do argumento : a arregimentação do campo do poder no confronto político corresponde a uma militarização discursiva sem tréguas, em que não pode haver alternativas nem soluções, só cadáveres”

Boa malha. A esquerda em vez dos “Hossanas liturgicos” poderá passar a usar os “Louçanas apologéticos” : Corações ao alto, cá em baixo a discutir ficam os fascistas.



Um dos problemas da esquerda, continua a confirmar-se, é colocarem ao barulho a “eficiência” e a “igualdade” como se fossem do mesmo campeonato. Não são.

A “eficiência” pode bater-se com o “respeito por todos”. A “Igualdade” tem de se bater com a “máxima discriminação possível”. São dois campeonatos diferentes. A esquerda não consegue ver isto e assim entretém-se no esquema das eliminatórias. A direita deixa correr o marfim porque joga em todos os campeonatos, aproveitando ao limite as regras do jogo, sem estar sempre a pô-las em causa. A esquerda carrega tantos complexos, que passa a vida a chamar nomes aos árbitros e nem repara que tem o banco vazio.

Infelizmente a “arregimentação do confronto político” não produz “cadáveres”: este é sim feito por moribundos encarrilados em vigas ferrugentas.

"Louçanas" nas alturas e paz na terra aos homens sem vontade, mas com palavreado de acólitos mal amanhados. A paz também já não é o que era.



E eu tenho que abreviar isto porque os lagartos vão jogar com o braga e pode-me esperar um serão “em cheio”...