Estrelas carentes



As relações humanas – dizem – são muito ricas

- “Já confiei mais em ti do que confio agora”

Formam um universo de geometria variável

- “Antes ouvia alguém a dizer que tu tinhas feito alguma coisa, e bastava tu dizeres que não tinhas feito que eu acreditava em ti”

com os eixos a dançar

- “Já tiveste razão para desconfiar de mim, agora não”

num constante big-bang

- “Se casarmos vais estar sempre a perguntar a que horas saio, a que horas entro, e eu não tenho paciência para isso”

E quem marca o norte são as estrelas cadentes

- “Não dá para casar contigo se continuas assim”

apanhadas pela lente da curiosidade

-“ Olha, vamos ver no que isto dá”

só é pena que espreitar seja feio.

- "É que eu já não sei viver sem ti"

Mas se não olharmos para as estrelas elas deixam de ter razão para brilhar

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