Las Chicas de Darwin

Apesar de Carla Bruni se ter apaixonado pelo cérebro duplo de Sarkozy, a inteligência já teve melhores dias no processo de selecção natural das espécies e inclusivamente no sub capítulo do apuramento de raças, se quisermos utilizar a famosa formulação Silva 2008. Hoje a mulher quando vai escolher, na hora de preparar uma potencial procriação e/ou posterior reforma, quer espécimes que lhe garantam máxima segurança & conforto, coisa que obviamente a inteligência não proporciona. Assim, o homem irá progressivamente normalizando para um ser fisicamente equilibrado, (reduzirão as taxas de corcundas e mancos) membros robustos, coração mole (reduzirão as taxas de ciumentos e possessivos) e pila telecomandada (reduzirão as taxas dos sexualmente sensíveis). Atributos conexos como a memória e a imaginação serão igualmente desvalorizados na sua forma mais exuberante – que assim se desvanecerão com o tempo - pois podem induzir o espécime masculino a tentar distrair-se, e consequentemente desviar-se, das suas obrigações antropológicas principais.
Algumas competências de natureza lúdica deixarão também progressivamente de ser exigidas aos homens, e passarão a ser substituídas por ficheiros mp3 com piadas de humoristas consagrados activados por bluetooth ligado aos sensores de estrogénio.
Com o tempo, o novo homo sapiens sapiens do género masculino ir-se-á consolidando como um mamífero de boas cores, pele entre a manga e a pêra rocha, vocabulário entre os 2.000 e os 2.500 vocábulos, olfacto desenvolvido e especializado em legumes frescos e brisa marítima, e bons conhecimentos de canalização na óptica do desentupidor.
A evolução da espécie humana neste ambiente adverso de aquecimento global e escassez de hidrocarbonetos terá assim como driving force a capacidade feminina de seleccionar e promover exemplares masculinos aptos a saber atear e manter uma boa fogueira, dar à manivela, e a fazerem de abano.

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