Vulgatas & Pentateucas, sa

O Antigo Testamento tem tendência a ser bastante sobrevalorizado, tanto literária como teologicamente, mas, definitivamente, nunca conseguiu, de forma genuína e estável, nem aproximar ninguém decentemente de Deus nem, muito menos, engatar uma miúda – em condições. Regra geral um cristão gosta do Antigo Testamento depois de ter cometido um pecado de venial intensidade à luz do catecismo e simultaneamente tem pouca pachorra e vocabulário para o confessar a intermediários vestidos de saiote comprido e sibiladores de consoantes. Ou seja, o Antigo Testamento é uma espécie de reserva ecológica para cristãos com problemas de articulações nos joelhos e pila curiosa. No entanto, quero relevá-lo aqui nesta singular instância, esse seu papel de refúgio teológico deve ser bem preservado, pois nenhuma alma saudável aguenta uma fé que não possua uns escapes oficiais de consciência. Jesus disse que «não veio trazer a paz», e, já se sabe, como diz o povo, em tempo de guerra qualquer buraco pode ser trincheira. Talvez ainda volte a este entusiasmante tema.

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