O drama da infinidade semântica : Inocência explícita

Fui tomado por uma certa pulsão de thanatos.
Não sei se conseguirei resistir. É mais forte que eu, que sou reles andróide endrominador... É que isto de dizer mal também me parece que está a precisar duma recauchutagem!... O quarto do pulha – em flagrante crise de identidade – até já se tem de encostar à bengala do pipi, o Mephis começa a rodopiar demasiado em torno de vítimas que o ignoram, e o anarca constipado já apenas atordoa recenseando anarquicamente notícias.
Isto de viver apenas parasitando na tolice alheia está a ficar difícil. É como estar sempre a dizer que não se gosta de bacalhau com natas. A certa altura o bacalhau caga nisso, e a vaca é para esse lado que muge melhores natas.
Organizem-se pá!
Até o VPulido Valente já teve de vir dar uma mãozinha!!!!
Bem eu não m’aguento mesmo...
Julgo que todos já nos distraímos com a gabarolice marialva, já mandámos as nossas chalaças ao orgulho gay, já elaborámos os nossos imaginativos trocadilhos sexuais, já mandámos umas piaditas a padrecos mulherengos, agora o que eu ainda não tinha apreciado era a “castidade apregoada”. Foi então hoje que descobri o “orgulho acenante de um miosótis grisalho que não é uma ameaça sexual”.
Trata-se de uma castidade não contida. Uma pureza de espírito que eleva a mente às muralhas da bem-aventurança e o corpo ao recato duma catacumba.
É uma revolução na moral. Vinde que eu sou cristal. Através de mim vereis o vosso coração e não vos conspurcareis.
Um altar de virgindade com ponte rolante é o sonho de qualquer pecador. Felizes dos que lhes basta carregarem num botão, para bascularem a sua alma até ao suave leito do amor desinteressado e desinfectado. Sortes dos que olham para si próprios e vêem um são bento envolvido em silvas.

DdD...Falar de nós próprios, de facto, não está ao alcance de todos. E bem dizia G.Steiner que “ Não há nada de mais exasperante na condição humana do que o facto de nós podermos significar e/ou dizer seja o que for”

E pronto agora vou ter que dizer aquela lengalenga do costume: não o conheço. Se calhar é bom rapaz. Isto não tem a ver com o cidadão em concreto. Muitas vezes até gosto do que escreve. Tenho invejolite do seu público babejante. Ele até foi ao fundo da alma poética de Pessoa como nem a mãe dele. Uma coisa é verdade: não sei quem ele é. Se soubesse nunca escreveria isto.
E até me dá para lembrar o AJabor de há uns meses: “Essa é a utopia masculina: satisfação plena sem sofrimento ou realidade”.
A castidade também pode ser hardcore.

(agora para limpar, durante o resto da semana só vou escrever a dizer bem da ana gomes, do manel monteiro, do narciso miranda e da mrebelopinto)

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