Parvosterona


Sabe-se da literatura, da televisão, da história, e dos jornais, que o poder corrompe, sabe-se também que o poder afasta da realidade (esta vai-se tornando cada vez mais difícil de suportar), sabe-se igualmente que isola, etc, etc, bla-bla. Aparentemente todos esses desligamentos (versão mais fina das alienações) podem ser condimentados – somos periodicamente relembrados disso – de alguma actividade glandular que torna os detentores do (algum) poder, por assim dizer, excêntricos (a versão fina de parvos). O que torna o capricho em personalidade, e a incompetência em distração, também pode, com a ajuda do fantástico mundo da metonímia, fazer com que a parvoíce se transforme em génio.

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