Haverá algo intermédio entre a bênção e a maldição? Este é o
primeiro dilema do homem depois de ter a suspeita de que existe um Deus que possui
algo que aproximamos a sentimentos, valores e justiça.
O homem foi-se construindo como um mamífero de compromissos.
Desde que descobriu que o mal absoluto é algo que não está ao seu alcance tenta
gerir a existência como um bem menor - andando de coligação em coligação.
Deverá Deus fazer um pacto com os Homens – era a questão que
estava na ordem do dia. Não bastava a Natureza e seria preciso a Lei? No Céu
desconhecia-se o significado da Lei
até o homem ter andado de êxodo em êxodo, de exilio em exilio, de escravidão em
escravidão, de rebelião em rebelião. Ou seja, o homem, antes que Deus pestanejasse,
já O tinha tentado esquecer.
Haverá então algo intermédio entre a bênção e a maldição?
Assim algo como ser viúvo sem nunca ter casado, ser órfão sem nunca ter sido
filho? Ser ladrão sem nunca ter roubado? Ser perdoado sem nunca ter ofendido.
Quando Deus se coligou com o homem terá equacionado
coligar-se antes com outro animal ou nós fomos a 1ª escolha? Felizmente Moisés
não tinha dúvidas quando atravessou o Mar Vermelho, seguiu instruções do seu
parceiro de coligação.
O homem, na sua evolução acompanhada (ou tutelada) descobriu
que não conseguia viver isolado. Tinha (teve, tem, terá) várias companhias à
sua disposição, foi-se organizando como pode, desde a Anarquia ao Estado
absoluto, desde o oportunismo à utopia.
Quando Deus equacionou fazer uma aliança entre Ele e o povo
que andava atrelado ao Moisés, estaria com receio que se perdesse o que já fora
alcançado até à altura? Será que os homens têm mesmo – mesmo - consciência do que já
alcançaram?
Tanta canseira para descobrir sempre que Deus é o nosso
único Aliado. E na religião dos compromissos não há intermédios.
2 comentários:
tá quase o Apocalipse?
Ora, foi só para desenferrujar em modo tora
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