Quando Nelo, ex-nelo agora já Nelão Duarte, desembarcou ali
na zona do cais do Sodré, decidiu subir a rua do alecrim para ver como paravam
as modas no império. Deixou na barca a maior parte das parelhas e fez-se à calçada
apenas com Sócrates que, tal como a sua amiga do peito nelinha moura guedes,
estava desejoso de testar a popularidade, mas ninguém o convidara para
apresentar concursos pelo que vivia torturado.
Chegados à zona da rua das flores e ainda sem tragédia à
vista Nelo perguntou-se porque se viam tantos paneleiros num país que precisava
de aumentar a sua natalidade. Ninguém lhe respondeu em condições, e ele deu-se
conta de que havia relaxamento. Sacou do telemóvel e ditou: tenho de fazer um
novo código de costumes, algo que fique para a posteridade e não nos deixe nas
mãos de constituições mariconças. A par disso vou então fazer um programa
cautelar, ou seja, cada português vai vender uma cautela da lotaria do natal a
4 alemães. No final o pinto da costa faz um sorteio e por coincidência a sorte
grande sai a um árbitro da póvoa do varzim que estava a juntar para reforçar a
marquise contra os ventos da maresia e que teria prometido 3 penalties ao
fócuporto numa fase crítica do campeonato.
Já Nelão Duarte, envergando uma capa de arminho lilás comprada
na Benetton, estava a distribuir autógrafos em frente à igreja dos mártires
quando é chamado de urgência à barca: havia uma rebelião entre as parelhas,
criara-se, na sua ausência, uma facção que queria antes desembarcar em Alcochete
e vir tomar a capital pela ponte fairy (ex-vasco da gama), aproveitando
para comer um peixinho grelhado.
Vou comer uns chocos fritos e já volto - disse Nelão Duarte
à multidão que o aclamava.
2 comentários:
ahahahah, isto está demais!
beijinhos
A rir-se!? Credo, isto com a realidade nao se brinca! :)
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