A arca de Nelo #3


Quando Nelo, ex-nelo agora já Nelão Duarte, desembarcou ali na zona do cais do Sodré, decidiu subir a rua do alecrim para ver como paravam as modas no império. Deixou na barca a maior parte das parelhas e fez-se à calçada apenas com Sócrates que, tal como a sua amiga do peito nelinha moura guedes, estava desejoso de testar a popularidade, mas ninguém o convidara para apresentar concursos pelo que vivia torturado.

Chegados à zona da rua das flores e ainda sem tragédia à vista Nelo perguntou-se porque se viam tantos paneleiros num país que precisava de aumentar a sua natalidade. Ninguém lhe respondeu em condições, e ele deu-se conta de que havia relaxamento. Sacou do telemóvel e ditou: tenho de fazer um novo código de costumes, algo que fique para a posteridade e não nos deixe nas mãos de constituições mariconças. A par disso vou então fazer um programa cautelar, ou seja, cada português vai vender uma cautela da lotaria do natal a 4 alemães. No final o pinto da costa faz um sorteio e por coincidência a sorte grande sai a um árbitro da póvoa do varzim que estava a juntar para reforçar a marquise contra os ventos da maresia e que teria prometido 3 penalties ao fócuporto numa fase crítica do campeonato.

Já Nelão Duarte, envergando uma capa de arminho lilás comprada na Benetton, estava a distribuir autógrafos em frente à igreja dos mártires quando é chamado de urgência à barca: havia uma rebelião entre as parelhas, criara-se, na sua ausência, uma facção que queria antes desembarcar em Alcochete e vir tomar a capital pela ponte fairy (ex-vasco da gama), aproveitando para comer um peixinho grelhado.

Vou comer uns chocos fritos e já volto - disse Nelão Duarte à multidão que o aclamava.

2 comentários:

maria disse...

ahahahah, isto está demais!


beijinhos

aj disse...

A rir-se!? Credo, isto com a realidade nao se brinca! :)