Fado [VI]


voltaste com o sol
minha luminária de maio
que prendes sem anzol
com a força d'um raio

louca de luz
é a minha esperança
que só a ti conduz
como uma estrela que dança

como um pavio que incendeia
uma fogueira vaidosa
com o amor que a rodeia
num abraço, num poema, numa prosa


Refrão do Fado 'Candeia' da autoria de Custódia Passos e imortalizado na voz de Lucrécia do Sado

2 comentários:

blanche disse...

Não o via há tantos dias
Tinham dado avé-marias
Na capelinha da aldeia
Esperava por ele e não vinha
E como estava sozinha
Fui acender a candeia

Gemia o vento lá fora
Passa uma hora, outra hora
E ao romper da lua cheia
Ei-lo que vem, meigo e doce
E fosse lá p'lo que fosse
Tinha mais luz a candeia

Mil beijos, mil juramentos
E nesses loucos momentos
Toda a minh’alma se enleia
Quis mostrar-me o amor seu
E jurou que era só meu
P'la luz daquela candeia

Mas vi-lhe a boca a tremer
Eu mesma nem sei dizer
O que me veio à ideia
É que a verdade realça
Essa jura era tão falsa
Que se apagou a candeia


«A candeia». Letra de Frederico de Brito, música de Joaquim Campos (Fado Vitória), cantado por Fernanda Maria

aj disse...

é pá...isso é uma candeia arraçada de lâmpada mágica!