Já estava eu a elaborar a minha reclamação à destilaria que me fornecera o bushmills 1608 quando reparo que o fornecedor de ginja do dragão ainda aldraba mais nas curvas do alambique. E digo isto dorido essencialmente porque tal desvario etílico me tem desviado da preparação do lançamento da minha candidatura à presidência leonina, que é, neste momento, o fenómeno mais fracturante da nossa civilização herdeira dos padrões helenico-suevo-judaico-celta-mouriscos-amerindios (peço desculpa se me esqueci de alguém). O meu plano de actuação passa por 3 (podiam ser mais, mas face aos circunstancialismos editoriais desta publicação blogospiretica o nº 3 parece-me o mais indicado para atrair os poderes do Altíssimo sobre esta nobre instituição) ordens de vertentes (todas viradas para a bancada Sul):
- os jogadores devem apresentar no campo uma harmonia que não envergonhe nenhum anjo que eventualmente quisesse assumir uma posição de trinco, ou mesmo de médio interior esquerdo (estão proibidos de ir para avançados porque o Altíssimo não lhes deixa dizer fodasse quando se falham penaltis)
- os jogadores, para evitar quaisquer ambiguidades etimológicas ( que o nosso dragão tão bem soube salientar ) devem deixar todas as crenças no balneário e apontar directamente para as canelas do adversário ('canela' vem do grego 'canestoinos' que era um creme que o aristófanes usava para evitar que os espectadores estivessem sempre a coçar os ...vá aquelas bolinhas tão queridas, mas é muito parecido também com o latim 'canestren' que eram uns supositórios que o séneca usava para lhe aliviar um ardor nas costas derivado a uma tiróide renitente que tinha herdado da avó materna)
- todos os dirigentes do futebol têm de entregar uma declaração em que afirmem possuir em zona específica do seu interior um poder oculto que lhes permita transformar maçãs podres em fresco abacate ou, no minimo, em compal de laranja-papaia. Deverá, para além disso, ser criado o cargo de empalhador de fiscais-de-linha, que envergará como equipamento uma tshirt com um tigre dentes de sabre por forma a emitir a inequívoca mensagem de que não está sujeito nem a pressões nem a enrabadelas de bandeirola.
Posto isto, cumpre-me informar a massa associativa que é absolutamente essencial garantir que Deus, sabendo-nos entalados entre tripeiros e lampiões, ponha mão na hierarquia terrena do campeonato e não restam quaisquer duvidas que eu sou a pessoa certa, tanto mais que eu quando me refiro a Deus, quero significar aquele Deusão Grande e Abrangente como o do Dragão e não os outros deusinhos dos outros meninos. Além do mais, eu, ao contrário da 'generalidade', (não sei se conhecem a 'Generalidade' , uma moça que arranjava unhas ali na Trafaria e que casou com um rapaz da Trofa e foi viver para Famalicão ) já aqui ando há muitos anos sempre a dizer a mesma coisa: quando eu falo em Sporting, não falo daquela coisa ali confinada a determinadas camisolinhas às riscas verdes e brancas, eu falo dum Sportinguismo que vive para além dos tempos e que simboliza determinado tipo de vitória que é derrota mas que é vitória para lá da derrota que assim se torna vitória, ou, respirem fundo, como se diz no folheto daquele broncodilatador o 'Areopagiticum-plus': os brônquios são o espelho da alma.
Há um Sportinguismo na terra há também um Sportinguismo no céu. Existem regras. Um treinador não é um anestesista, um director desportivo não é uma costureira, um defesa central não é uma andorinha, um estremo esquerdo não é um winnie the poo, um presidente não é uma bailarina com gravata, um distribuidor de jogo não é um robespierre, um ramos rosa não é um rosa ramos. Desligado do Cosmos o Sporting oscilará perigosamente entre uma sucursal do pirilampo mágico e um bordel para chilenas.
2 comentários:
toma lá
http://www.youtube.com/watch?v=kYUw9pUPdcc&feature=related
ahhahahaha
cá está: 'quem tudo quer tudo perde' é uma lei cá de baixo q não se aplica lá em cima :)
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