«A obsessão evitou o pânico»; foi um dos mais recentes highlights sobre a reacção nacional à gripe ex-suina, rebaptizada h1n1 depois de se ter casado civilmente com a gripe das aves.
Mas o que realmente importa é a lição: o pânico evitado pela obsessão.
Que a obsessão já tinha dado de comer a muito artista já será do domínio de todos, que já tinha alimentado o fogo de muita paixão também por muitos terá sido experimentado, e que permitiu ligar vários psiquiospeculatras à grande corrente do graveto também por alguns já foi constatado. Agora como terapia para o pânico é uma verdadeira invenção nacional, poderíamos mesmo dizer que estão abertas as portas para o grande cluster da obsessão. Observemos: tivemos a obsessão da educação (que guterres, por ser da raça inferior dos engenheiros, chamou erradamente de paixão) que nos fez evitar a seca ao conduzir-nos ao pântano, depois tivemos a famosa obsessão do déficit que nos evitou das ceroulas (lembre-se, estimadíssimo leitor, -?- que passámos directamente da tanga do barroso para o sobretudo armani do mourinho), e vivemos ainda na ressaca da obsessão tecnológica que libertou as nossas crianças do nefasto playmobile e lhes abriu as portas para o twitter de cavaco. Poderíamos já concluir, assim, que depois de devidamente dobrada a esquina de qualquer obsessão se abririam avenidas de bem estar e alamedas de prosperidade. Mas agora foi-nos dada a definitiva prova, foi-nos revelada a quarta parte do segredo: no panic at all!. Quando os medinas carreiras da galáxia nos vierem acenar com o fim do mundo, responder-lhe-emos com a obsessão que tivermos mais à mão: sejam jaquinzinhos fritos, sejam gambinhas panadas, sejam arrozinho de berbigão. Uma coisa é certa: saberemos arranjar uma obsessão. Eu por acaso teria preferido uma boa paranóia, mas ninguém me perguntou nada.
Mas o que realmente importa é a lição: o pânico evitado pela obsessão.
Que a obsessão já tinha dado de comer a muito artista já será do domínio de todos, que já tinha alimentado o fogo de muita paixão também por muitos terá sido experimentado, e que permitiu ligar vários psiquiospeculatras à grande corrente do graveto também por alguns já foi constatado. Agora como terapia para o pânico é uma verdadeira invenção nacional, poderíamos mesmo dizer que estão abertas as portas para o grande cluster da obsessão. Observemos: tivemos a obsessão da educação (que guterres, por ser da raça inferior dos engenheiros, chamou erradamente de paixão) que nos fez evitar a seca ao conduzir-nos ao pântano, depois tivemos a famosa obsessão do déficit que nos evitou das ceroulas (lembre-se, estimadíssimo leitor, -?- que passámos directamente da tanga do barroso para o sobretudo armani do mourinho), e vivemos ainda na ressaca da obsessão tecnológica que libertou as nossas crianças do nefasto playmobile e lhes abriu as portas para o twitter de cavaco. Poderíamos já concluir, assim, que depois de devidamente dobrada a esquina de qualquer obsessão se abririam avenidas de bem estar e alamedas de prosperidade. Mas agora foi-nos dada a definitiva prova, foi-nos revelada a quarta parte do segredo: no panic at all!. Quando os medinas carreiras da galáxia nos vierem acenar com o fim do mundo, responder-lhe-emos com a obsessão que tivermos mais à mão: sejam jaquinzinhos fritos, sejam gambinhas panadas, sejam arrozinho de berbigão. Uma coisa é certa: saberemos arranjar uma obsessão. Eu por acaso teria preferido uma boa paranóia, mas ninguém me perguntou nada.
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