Existem dois tipos de lagartos: a) aqueles que, ao verem o seu clube no estado deplorável em que está, desprezam a frase do House ('misery is better than nothing'), e pura e simplesmente desistem olimpicamente dedicando-se à família ou à bebida, ou às duas coisas em simultâneo até que o fígado próprio e a paciência alheia aguentem; b) aqueles que enchem o peito de ar, oferecem a dignidade à ciência e dizem: agora vou ser um observador imparcial dos outros caralhos. O real problema de b) é que manifestamente um lagarto não pode ser imparcial quando no tabuleiro em análise se passeia um clube que enverga como símbolo um frango de rapina. Mas dado que o nosso Cavaco pediu tempos de 'frutuosos entendimentos' eu fiz um esforço de ventrículo a aurículo e ora vai daí: como é possível os lampiões terem de facto dado uma lição de bola em todas as suas vertentes (a palavra 'vertente' vale três pontos nesta modalidade do postball), ou seja, na psicológica, na táctica, na técnica, e no tunel-de-acessica (um novo elemento do jogo, como sabemos), à tripeirada? Como foi possível fazer um uretra secar um fucile, como foi possível um namorado da diana chaves meter um hulk no bolso, como foi possível um luisão pôr a alpista um falcão? Como? Eu tenho a resposta. Os portugueses têm a resposta. Jesus foi um obcecado. Jesualdo um mero calculista.
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4 comentários:
Isto dava um filme tipo «As asas do gato»... ou «As penas do leão»... Quase Wim Wenders em versão «bamus a bêre».
quem não tem gato caça com leão...
Um Feliz Natal
Muito Obrigado, e continuação de Boas festas, Zazie!
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