É conhecido o fraquinho que Kant tinha por amendoins salgados. No entanto, o que é menos conhecido é que ele viveu atormentado toda a sua vida porque pensava que o pistachio era um aperitivo de categoria superior e, muito provavelmente, seria o próprio aperitivo universal que, no fundo, explicaria e daria sentido a todos os outros aperitivos. Atormentado por saber nunca vir a conseguir atingir o amendoim em si, desforrava-se comendo altas barrigadas do dito, endereçando ao aparelho intestinal os problemas que o seu idealismo em busca de almanaque não lograva descortinar, chegando mesmo a dizer: o amendoim sem o pistachio é um conceito cego.
Os últimos anos da sua vida foram dedicados a uma experiência de teor pragmático-metafísico: comer amendoim mas procurando ter a experiência do pistachio; tratava-se pura e simplesmente de pôr de mãos dadas o empirismo e o racionalismo, deixando a intuição beijar na boca a experiência.
Sabendo ter sido injusto para muitos outros aperitivos, deixou inacabada uma obra de carácter esotérico, mas visionário, em que pretendia demonstrar que o pistachio mais não era que um caju embrulhado numa casca de pevide, e que a verdadeira fonte de conhecimentos apriori se encontrava no céu da boca, o topos de toda a transcendência. Daí se dizer que quando morreu parecia estar com os topos.
Os últimos anos da sua vida foram dedicados a uma experiência de teor pragmático-metafísico: comer amendoim mas procurando ter a experiência do pistachio; tratava-se pura e simplesmente de pôr de mãos dadas o empirismo e o racionalismo, deixando a intuição beijar na boca a experiência.
Sabendo ter sido injusto para muitos outros aperitivos, deixou inacabada uma obra de carácter esotérico, mas visionário, em que pretendia demonstrar que o pistachio mais não era que um caju embrulhado numa casca de pevide, e que a verdadeira fonte de conhecimentos apriori se encontrava no céu da boca, o topos de toda a transcendência. Daí se dizer que quando morreu parecia estar com os topos.
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