Trouble Mountain

É com alguma pena que constato ter chegado atrasado a toda a dinâmica alegórica provocada pelas declarações do Cardeal Patriarca no casino da figueira.

[No entanto, registe-se, já em 18 de Fevereiro de 2006, numa série de posts dedicados ao sumptuoso livro ‘Os direitos das mulheres no Islão’ de Murtadã Mutahhari , ed Islâmica ALQALAM, 1988, este vosso criado teve ocasião de alertar para o facto do ‘homem ser escravo da sua paixão enquanto a mulher é cativa do seu afecto’. Mas todo esse mês foi muito jeitoso em posts, - eu andava instável de tripa - podem visitar, e deixar uma moedinha]

Ainda no que concerne a sarilhos tenho forçosamente de salientar que o que me deixa sempre em completo desequilíbrio moral e hormonal é o contacto - platónico - com mulheres em trancinha. Desta vez a desequilibradora veio da Ucrânia e andou a negociar o funcionamento da canalização com o Putin; do gás, assinale-se.


Iulia Timochenko, 1ª ministra da Ucrânia

[continuo sem encontrar uma fotografia da moça com aquele outro voluptuoso vestido negro, e com a cinturinha a fazer lembrar uma morcela de Arganil]

Entre um harém com águas quentes e frias ou uma ucraniana de torcidinhos em translação craniana o meu coração balança. Que Deus me perdoe, só que as pituitárias ficam um autêntico casino. Mas falando em trancinhas e ondulações, e se me permitem, o próprio Botticcelli já tinha traçado definitivamente o cânone da beleza, do sarilho e da perdição há mais de 500 anos.

Botticelli, Modelo de miúda gira com cabelo entrançado, Staedel Museum, Frankfurt


Mas sabendo todos que, essa é que é essa, na relação amorosa o homem é a parte mais fraca e mais dada a sucumbir aos sortilégios do flirt, - só à mulher foi concedida a faculdade da autodisciplina, como lembrou o bom do Murtadã – mal ficaria com a minha, já se si frágil, consciência, se não recordasse a todos que ao homem o importante é andar sempre de cabelo curtinho e não dar troco a miúdas que não tenham lido A Morgadinha dos Canaviais.


Max Liebermann, Samson und Dalilah, Staedel Museum, Frankfurt


Se bem que, antes um monte de sarilhos que uma planície de merda. Ou não fosse este o ano Paulino.

Sem comentários: