VPValente sujeito a teste americano

(Inspirado no seu artigo de hoje no Público em que, depois de demonstrar que a Rússia é uma ditadura asiática, ‘diz’ que: norte de Itália, País Basco, Catalunha, Galiza, Andaluzia e Escócia ficarão independentes antes de estar construído o aeroporto de Alcochete, e a Bélgica extingue-se até ao Natal; não se pronunciou em relação ao Monte de Saint-Michel e às Ilhas Selvagens)


1. «Portugal é o único país do Ocidente em que, depois do colapso soviético, sobreviveu (e prospera) um partido comunista com a força do nosso»

R: Verdadeiro

(nota técnica: o comunismo foi, afinal, mais um dos cluster’s que Porter deixou de fora, mas deverá agora ser recuperado por Pinho para enriquecer a marca ‘Portugal’, a par da sardinha assada, da via verde, da carapinha da Marisa e da rolha de cortiça)



2. «Portugal é o único país do Ocidente em que o autoritarismo, acompanhado ou não pela insignificância e a mediocridade, é uma recomendação decisiva para o eleitorado»

R: Verdadeiro

(nota técnica: diria mais – ‘acompanhado ou sim’)


3. «Portugal é o único país do Ocidente que espera do Estado a sua salvação»

R: Falso

(nota técnica: em Portugal é 'desespera'; e os outros países já foram salvos pelos respectivos Estados antes dos americanos chegarem à lua)


4. «A política não criou um português diferente, como tanta gente (boa e má) sonhou: um português tolerante, democrático, solidário, com autonomia e iniciativa»

R: Falso

(nota: esqueceu-se certamente do amigo Pacheco Pereira, designadamente na sua defesa intransigente e solidária do direito da mulher portuguesa em ir ao cabeleireiro e ao arrábida shopping)


5. «A política mascarou o português que por aí anda com alguns sinais de civilização»

R: Falso

(nota: o único português que oficialmente ‘anda por aí’ dispensa máscara)



Errou 3 em 5. Talvez uma das suas melhores performances nos últimos anos, incluindo a clássica de ‘Fátima como fenómeno do Entroncamento’.

Bem, e aparentemente vai «ressurgir o velho mundo». Só não avisou se é anterior ou posterior à invenção da imprensa. Tem o condão de me deixar impaciente.

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