Com mais verba faziam-se uns alexandrinos com epanadiploses


Editorialmente isto hoje pedia uma assertiva deambulação sobre os desígnios de dona inês, mulher apessoada e toda pedrosa, nova merchandizadora da tshirt do desassossego. Mas, acabei de decidir há poucochinho - se bem que com uns dias de litúrgico atraso - a minha renúncia quaresmal vai ser à má língua e ao despudor, o que relegará este tasco para o bas fond da escrita fina e encaracolada. Estou efectivamente bastante talhado para enxovalhar cirurgicamente certos exemplares do género humano, alcançando mesmo nalguns dias produzir mais recalcamentos do que certos libidos de casquinha, e, por isso, não me vai ser fácil elaborar considerações decentes sem produzir um mínimo de efeitos colaterais em terceiros devidamente seleccionados. Sempre considerei o direito ao bom nome uma manifesta inferioridade da nossa condição, certamente um legislalismo de homo sapiens com problemas de dicção, e a devassa – sistemática ou esporádica - do caracter alheio é uma comprovadíssima terapia de sucesso para a reconstrução de egos e outras alvenarias da psique. Face a este momento de teor praticamente confessional ( cones da parte da mãe e friccional da parte do pai) resta-me deixar-vos na paz, da qual, infelizmente, nunca vos desalojei. Se aqui vindes é porque tendes alma de teor benevolente; e carne rijinha, claro.

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