Nico & Tina
Nico – Querida, estás a tornar-te um vício para mim
Tina – Gosto de te saber dependente, dá-me uma sensação de poder
Nico – Eu sei, mas esta submissão também é algo que me excita
Tina – É pena que, com tanta restrição, agora não possamos estar sempre juntos
Nico – Mas o afastamento ainda me excita mais
Tina – Tu excitas-te com tudo, é o que vale
Nico – Não, só tenho pulmão para ti
Tina – Essa exclusividade tanto me serena como me cria ansiedade
Nico – Deves aprender a respirar fundo…
Tina – Gosto mais quando me flirtas sem filtro
Nico – Mas há algo que me desestabiliza….
Tina – Os velhos ciúmes, querem ver…
Nico – Sim, não suporto a presença irritante dos chocolatezinhos ou das pastelhinhas elásticas
Tina – Sabes bem que somos apenas amigos, nada mais significam
Nico – Desconfio de tudo o que venha embrulhado em papel às cores
Tina – És tão complicadinho e inseguro.
Nico – Desde que me andaram a medir o teor de alcatrão nunca mais fui o mesmo
Tina – mas, querido, tu ainda estás tão bem, acho que até estás cada vez melhor
Nico – Não tarda ainda me aromatizam e enfiam num cachimbo qualquer
Tina – Ah, queres ronron, já devia ter percebido
Nico – Acho que temos de ir para uma sala com exaustão…
Tina – … para uma verdadeira intimidade basta que exista em bom cinzeiro…
Nico – Cerâmica ou metal?
Tina – humm… já só sonho com aquele dia que seremos beatas e estaremos juntinhos…
Nico – …um isqueiro e uma cabana…
Tina – uma marca de batôn e uns dentes cerrados…
Nico – aboquilho-te toda…
Tina – livra que agora até parecias haxixe…
Nico – Não sei o que é que esse gajo tem a mais que eu.
Tina – Deixa lá, são cunhas. Ainda há-de chegar o teu dia, vais ver.
Etiquetas:
diálogos da praceta mole
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