Correntezinhas – take 2
Secção de meme’s
Supostamente colocado numa ligação perversa pela Zazie ( e o Timshel ainda aproveitou para dar um encostozinho), mas devidamente enquadrado num diáfano ambiente de badalhocofilia, sou levado a deixar aqui o tal de ‘gene cultural’, nome artístico de calinada, certamente.
Gostava de salientar que:
1. a apropriação de frases oriundas de civilizações clássicas de pendor amaneirado, e que, ainda para mais, sobreviviam graças à escravatura, à estatuária desnudada e que prescindiam de cós nas calças, nunca permitirá a pureza de espírito que deve impregnar a profusão de todo e qualquer gâmeta sapiencial.
2. quanto à difusão de ideias inspiradas na grande noite escolástica - mesmo que esforçadamente decoradas pelo photoshop do cocanha, que lhes retira o verdete, o musgo e o mofo, sem ter sequer de lavar escadas nem esfregar com palha d’aço – julgo que jamais permitiriam ao bípede homo-ciber-bronco libertar-se verdadeiramente do soft-aristotelismo que ainda hoje o atrofia.
3. Reforma, Iluminismo e Romantismo são, como Freud e Wittgenstein descobriram, meros aproveitamentos estéticos de lapsus linguae’s, e por isso seria deselegante e enganoso para a clientela encomendar-lhes quaisquer normas de conduta ou de digestão fácil. (mesmo que o La Bruière tenha dito que 'o escravo só tem um senhor enquanto o ambicioso tem tantos senhores quantos aqueles que lhe são úteis' - mas acho que este gajo o único tema que lhe passou ao lado foi o efeito do creme barral nas estrias pós parto)
4. o modernismo e os seus pós (desde o existencialismo à coca, passando pelo tom waits) foram sodomizados pelo tempo e triturados pela CNN, pelo que só se lhes aproveitam a pintura abstracta, os antibióticos e o microondas.
Ora assim sendo, e tomando ainda em consideração que a Deus a discricionaridade e ao homem o compromisso, recomendo a tese desnaftalinista: mais vale transportarmos um ou outro buraquito de traça, que tresandarmos a imunidade.
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Supostamente colocado numa ligação perversa pela Zazie ( e o Timshel ainda aproveitou para dar um encostozinho), mas devidamente enquadrado num diáfano ambiente de badalhocofilia, sou levado a deixar aqui o tal de ‘gene cultural’, nome artístico de calinada, certamente.
Gostava de salientar que:
1. a apropriação de frases oriundas de civilizações clássicas de pendor amaneirado, e que, ainda para mais, sobreviviam graças à escravatura, à estatuária desnudada e que prescindiam de cós nas calças, nunca permitirá a pureza de espírito que deve impregnar a profusão de todo e qualquer gâmeta sapiencial.
2. quanto à difusão de ideias inspiradas na grande noite escolástica - mesmo que esforçadamente decoradas pelo photoshop do cocanha, que lhes retira o verdete, o musgo e o mofo, sem ter sequer de lavar escadas nem esfregar com palha d’aço – julgo que jamais permitiriam ao bípede homo-ciber-bronco libertar-se verdadeiramente do soft-aristotelismo que ainda hoje o atrofia.
3. Reforma, Iluminismo e Romantismo são, como Freud e Wittgenstein descobriram, meros aproveitamentos estéticos de lapsus linguae’s, e por isso seria deselegante e enganoso para a clientela encomendar-lhes quaisquer normas de conduta ou de digestão fácil. (mesmo que o La Bruière tenha dito que 'o escravo só tem um senhor enquanto o ambicioso tem tantos senhores quantos aqueles que lhe são úteis' - mas acho que este gajo o único tema que lhe passou ao lado foi o efeito do creme barral nas estrias pós parto)
4. o modernismo e os seus pós (desde o existencialismo à coca, passando pelo tom waits) foram sodomizados pelo tempo e triturados pela CNN, pelo que só se lhes aproveitam a pintura abstracta, os antibióticos e o microondas.
Ora assim sendo, e tomando ainda em consideração que a Deus a discricionaridade e ao homem o compromisso, recomendo a tese desnaftalinista: mais vale transportarmos um ou outro buraquito de traça, que tresandarmos a imunidade.
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