Daniel, o provedor do crente


Porque a olarilolelice tem de levar o devido carimbo da ignorância, e certo tipo de pessoas terão pouco que fazer, ou melhor, mais directo: certo tipo de pessoas que não sabem fazer rigorosamente nada que se aproveite e que aparecem de vez em quando amplificadas pelo trombone da revolução cibernautica – o bit quando nasce é para todos – dedicam-se a dissertar sobre o fervor religioso e a piedade duns pobres coitados, manipulados e turvos de pensamento, que também são conhecidos por católicos.

Género provedor da religiosidade popular, guardião da sanidade mental dum povo de iletrados e ladainhodependentes, e fiscal de linha para as jogadas de ataque da Igreja católica, um tal de Daniel Oliveira, com todo o tempo livre que lhe deixa o facto de não ser terço-adict, não pôde ver uma freira (e logo francesa e pós jacobina) curada por um milagre intercedido por João Paulo II, e, principalmente, não pode vê-lo a ser feito num prazo que ele não entendeu adequado, pois, certamente por, novamente, forte disponibilidade de tempo, se ter dedicado a estudar as minudências da boa canonicidade e as suas interferências na fertilidade do couro cabeludo, e também na esperança de descobrir alguma reza especial para que deixem de falar do Portas e ponham novamente os olhos na virtude - toda ela também canónica - de Louçã.

João Paulo II, tu que me estás a ouvir, (e um quase santo já se pode tratar por tu, é praticamente canónico) é pá, vê lá, intervala aí duns parkinsons de freiras e orienta uns neurónios novos e arejados àquele rapaz que escreve no arrastão. E de caminho trata-lhe do guarda-roupa e da franjinha. Já nos custa andar com este carequinha às costas.

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