A barraca dos tirinhos (com dedicatória)
“Eu acho que, se alguém abre as portas da sua casa às revistas cor-de-rosa ou à «imprensa de referência», mostra a filharada e as molduras douradas, a cama e a mesa, o pijama e a correspondência particular — está no seu direito, e há até uns vagos seres que vivem disso com aplauso do povo e lantejoulas na televisão. Mas se alguém decide reservar para a sua vida privada aquilo que é a sua vida estritamente privada, se alguém não está disposto a mostrar em público aquilo que é apenas seu, qualquer violação dessa intimidade é um crime — quer isso aconteça nas páginas de um jornal, no colorido de uma revista ou até na reserva impiedosa de um blog. […] O povoléu não quer apenas sangue e escândalo; quer também escândalo onde não há, para que possa alimentar a sua inveja e a sua própria natureza. A privacidade é o maior dos bens no universo público.”
Francisco José Viegas, in “A Origem das Espécies“, 31 de Outubro de 2006
“Eu acho que, se alguém abre as portas da sua casa às revistas cor-de-rosa ou à «imprensa de referência», mostra a filharada e as molduras douradas, a cama e a mesa, o pijama e a correspondência particular — está no seu direito, e há até uns vagos seres que vivem disso com aplauso do povo e lantejoulas na televisão. Mas se alguém decide reservar para a sua vida privada aquilo que é a sua vida estritamente privada, se alguém não está disposto a mostrar em público aquilo que é apenas seu, qualquer violação dessa intimidade é um crime — quer isso aconteça nas páginas de um jornal, no colorido de uma revista ou até na reserva impiedosa de um blog. […] O povoléu não quer apenas sangue e escândalo; quer também escândalo onde não há, para que possa alimentar a sua inveja e a sua própria natureza. A privacidade é o maior dos bens no universo público.”
Francisco José Viegas, in “A Origem das Espécies“, 31 de Outubro de 2006
Sem comentários:
Enviar um comentário