Quaresma XXXI
E aparentemente sem pozinhos de cheiro...
«A desordem é geral. E geral também a inquietação. O que tortura esses seres não são a doença ou o temor do dia seguinte: é Deus. Por gentileza do seu autor, estão libertos das pequenas arrelias e preocupações quotidianas a fim de serem colocados, nus, em face do Mistério. A sua vida activa corresponde à nossa vida profunda.
Eles são nós mesmos observados do interior. Graças a esse método de ‘tomada de vistas’, o que está mais perto do operador é o tormento mais inconsciente, o que dele está mais afastado é a carne, a roupa, a luz do dia. (...) E, quando nos mostram essa prova de nós mesmos, não nos reconhecemos melhor do que numa radiografia»
... é este o Dostoievski que H. Troyat descreve no capítulo da sua Biografia ( ed Lello & irmão, pg 377) dedicado aos ‘Irmãos Karamanzov’, no qual o escritor faria a tal conciliação dos inconciliáveis: «o fantástico e o real».
E aparentemente sem pozinhos de cheiro...
«A desordem é geral. E geral também a inquietação. O que tortura esses seres não são a doença ou o temor do dia seguinte: é Deus. Por gentileza do seu autor, estão libertos das pequenas arrelias e preocupações quotidianas a fim de serem colocados, nus, em face do Mistério. A sua vida activa corresponde à nossa vida profunda.
Eles são nós mesmos observados do interior. Graças a esse método de ‘tomada de vistas’, o que está mais perto do operador é o tormento mais inconsciente, o que dele está mais afastado é a carne, a roupa, a luz do dia. (...) E, quando nos mostram essa prova de nós mesmos, não nos reconhecemos melhor do que numa radiografia»
... é este o Dostoievski que H. Troyat descreve no capítulo da sua Biografia ( ed Lello & irmão, pg 377) dedicado aos ‘Irmãos Karamanzov’, no qual o escritor faria a tal conciliação dos inconciliáveis: «o fantástico e o real».
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