Diário de um concubinador de números
porque um homem é antes de mais o fiel representante dum género submisso; mas batoteiro.
Hoje até cheguei a sonhar que ainda poderia vir ser um especialista em conceitos, um autêntico raciocinador diplomado, tricotaria princípios-com-meios-com-fins, sacaria silogismos únicos sem desfiar, filtraria redundâncias e drenaria sofismas encapotados, amalgamaria civilizações com cânones e, sem fugir da fineza própria dum filósofo de interiores, decoraria uma escolástica para os tempos modernos. Mas não, para tal não fui benzido com os talentos da criação (parábola incluída), e a mim calharam-me a merda (sorry) dos cashflows e dos planos estratégicos entremeados duns de projects finances, sempre em leverage, sempre em leverage, sempre em leverage, e eu cada vez com menos paciência para o beverage que lhe vem associado. Uma porra, é o que é, se bem que 'porra' já pode ser levado à categoria de conceito nos seus melhores dias, coisa que por exemplo 'caralhos-m’fodam' (sorry) dificilmente alcançaria.
Mas eu de vez em quando desforro-me (mas não vem de forró), enronizo a coisa (vem de Enron) e mando que brinquem comigo às imputações ( este não é palavrão, note-se), às derivadas positivas, às provisões abstractas e às equitys amestradas. Tudo tende para o fuckeaven point (que já sabem donde vem), uma espécie de ponto g da aparelhagem sexual das empresas, ou seja: se esfregarmos bem e em movimentos rotativos e sincopados não há conta de resultados que não se venha em espasmos. Mas o meu verdadeiro sonho é ser monopolista e olhar para a concorrência como um mero conceito abstracto. O absurdo não vende, é verdade, nem decorado em panóplias, e o que dá realmente lucro é a repetição. Logarítmica, maçadora, género vitalino canas (eu com este nome vendia qualquer produto com mais 10% em cima) e massacrante de preferência. Hoje, se calhar, ainda vou foder (sorry) duas gross margins. Que Deus me perdoe, mas para mim o mercado é uma gueixa.
Ai, credo, qu’isto é tão fácil. O circo, perdão, o blog é todo seu, minha querida, até pode lançá-lo às piranhas, mas acho que nem lhe pegam, experimente antes o número da serpente.
porque um homem é antes de mais o fiel representante dum género submisso; mas batoteiro.
Hoje até cheguei a sonhar que ainda poderia vir ser um especialista em conceitos, um autêntico raciocinador diplomado, tricotaria princípios-com-meios-com-fins, sacaria silogismos únicos sem desfiar, filtraria redundâncias e drenaria sofismas encapotados, amalgamaria civilizações com cânones e, sem fugir da fineza própria dum filósofo de interiores, decoraria uma escolástica para os tempos modernos. Mas não, para tal não fui benzido com os talentos da criação (parábola incluída), e a mim calharam-me a merda (sorry) dos cashflows e dos planos estratégicos entremeados duns de projects finances, sempre em leverage, sempre em leverage, sempre em leverage, e eu cada vez com menos paciência para o beverage que lhe vem associado. Uma porra, é o que é, se bem que 'porra' já pode ser levado à categoria de conceito nos seus melhores dias, coisa que por exemplo 'caralhos-m’fodam' (sorry) dificilmente alcançaria.
Mas eu de vez em quando desforro-me (mas não vem de forró), enronizo a coisa (vem de Enron) e mando que brinquem comigo às imputações ( este não é palavrão, note-se), às derivadas positivas, às provisões abstractas e às equitys amestradas. Tudo tende para o fuckeaven point (que já sabem donde vem), uma espécie de ponto g da aparelhagem sexual das empresas, ou seja: se esfregarmos bem e em movimentos rotativos e sincopados não há conta de resultados que não se venha em espasmos. Mas o meu verdadeiro sonho é ser monopolista e olhar para a concorrência como um mero conceito abstracto. O absurdo não vende, é verdade, nem decorado em panóplias, e o que dá realmente lucro é a repetição. Logarítmica, maçadora, género vitalino canas (eu com este nome vendia qualquer produto com mais 10% em cima) e massacrante de preferência. Hoje, se calhar, ainda vou foder (sorry) duas gross margins. Que Deus me perdoe, mas para mim o mercado é uma gueixa.
Ai, credo, qu’isto é tão fácil. O circo, perdão, o blog é todo seu, minha querida, até pode lançá-lo às piranhas, mas acho que nem lhe pegam, experimente antes o número da serpente.
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