Quaresma XXVII
Isto, para não variar muito, não interessa nem ao menino Jesus, mas...
«O clandestino que prospera não é aquele que se esconde nas caves como um rato, que foge da luz e da agitação social: industrioso, participa activamente na vida natural da comunidade, com as suas paixões e fraquezas; parece mergulhado no fervilhar existencial, ocupado em algo que toda a gente compreende, e tem o direito de dedicar parte do seu tempo e das suas forças, mas a sua actividade essencial decorre em segredo, paralela, e decorre tanto melhor quanto mais organicamente estiver ligada com as suas ocupações públicas quotidianas. Simplicidade óptima: conduzir as actividades secretas em ligação com as actividades públicas. (...)
A ideia entrou nele como o ar que respirava: dedicar-se (...) sobretudo e primeiro de tudo, ao comércio com a revolução como apêndice. (...) Havia algo de genial neste casamento do comércio com a revolução.»
...como não estamos no Natal e sim na Quaresma, aqui vai uma passagem de ‘Lenine em Zurique’ de A Soljenitsine ( D. Quixote, pg 179-181, neste caso referindo-se a Alexandre Helphand – ‘Parvus’) que acaba por revelar as verdadeiras intenções revolucionárias da globalização. Mas palavra puxa palavra, chego a uma frase essencial referida no ‘Arquipélago de Gulag’ (ed Bertrand, II vol, pg 255) : «O homem não é um demónio, mas é difícil viver com ele». Daí que amanhã, se calhar, irei ao Sigmund F., até porque o russo ainda dizia: « Que é mais difícil de traçar, uma linha recta ou uma linha curva? Para uma linha recta são necessários instrumentos; quanto à linha curva, um bêbado seria capaz de a descrever com as pernas. É a mesma coisa com a linha da vida»
Isto, para não variar muito, não interessa nem ao menino Jesus, mas...
«O clandestino que prospera não é aquele que se esconde nas caves como um rato, que foge da luz e da agitação social: industrioso, participa activamente na vida natural da comunidade, com as suas paixões e fraquezas; parece mergulhado no fervilhar existencial, ocupado em algo que toda a gente compreende, e tem o direito de dedicar parte do seu tempo e das suas forças, mas a sua actividade essencial decorre em segredo, paralela, e decorre tanto melhor quanto mais organicamente estiver ligada com as suas ocupações públicas quotidianas. Simplicidade óptima: conduzir as actividades secretas em ligação com as actividades públicas. (...)
A ideia entrou nele como o ar que respirava: dedicar-se (...) sobretudo e primeiro de tudo, ao comércio com a revolução como apêndice. (...) Havia algo de genial neste casamento do comércio com a revolução.»
...como não estamos no Natal e sim na Quaresma, aqui vai uma passagem de ‘Lenine em Zurique’ de A Soljenitsine ( D. Quixote, pg 179-181, neste caso referindo-se a Alexandre Helphand – ‘Parvus’) que acaba por revelar as verdadeiras intenções revolucionárias da globalização. Mas palavra puxa palavra, chego a uma frase essencial referida no ‘Arquipélago de Gulag’ (ed Bertrand, II vol, pg 255) : «O homem não é um demónio, mas é difícil viver com ele». Daí que amanhã, se calhar, irei ao Sigmund F., até porque o russo ainda dizia: « Que é mais difícil de traçar, uma linha recta ou uma linha curva? Para uma linha recta são necessários instrumentos; quanto à linha curva, um bêbado seria capaz de a descrever com as pernas. É a mesma coisa com a linha da vida»
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