Quaresma XXVI
Só coisas assim...
«O coração bateu-lhe mais e mais depressa, à medida que o rosto dela se apaixonou do seu. Sabia que quando beijado esta rapariga, e para sempre consorciado as suas indizíveis visões ao imperecível hálito dela, a sua mente não voltaria a vaguear, como Deus, pelo infinito. Esperou, pois, mais um instante para tornar a ouvir o diapasão de prata que ressoara, batendo numa estrela. Então beijou-a. Quando os seus lábios a tocaram, ela abriu-se como uma flor e a encarnação foi completa»
... como esta de Scott Fitzgerald em ‘Grande Gatsby’ ( ed Presença, pg 116) me fariam citar aqui o Nietzsche com 'o amor perdoa até o desejo ao bem amado’, sem recear - em demasia -a decadência do espírito. E fazem-me ainda recuperar um recorte de jornal que marcava esta passagem do citado livro, na qual Fátima Maldonado, referindo-se ao escritor e à sua amada (bela palavra, hem), escrevia: «Ambos calcinavam os sítios do amor, mas enquanto ela se pregava à muralha da insanidade, como um despojo sangrento, ele ia edificando literatura com os cacos da paixão» (in ‘Expresso’, 10 Agosto de 1991). Felizmente que isto do amor é coisa de mulheres.
Só coisas assim...
«O coração bateu-lhe mais e mais depressa, à medida que o rosto dela se apaixonou do seu. Sabia que quando beijado esta rapariga, e para sempre consorciado as suas indizíveis visões ao imperecível hálito dela, a sua mente não voltaria a vaguear, como Deus, pelo infinito. Esperou, pois, mais um instante para tornar a ouvir o diapasão de prata que ressoara, batendo numa estrela. Então beijou-a. Quando os seus lábios a tocaram, ela abriu-se como uma flor e a encarnação foi completa»
... como esta de Scott Fitzgerald em ‘Grande Gatsby’ ( ed Presença, pg 116) me fariam citar aqui o Nietzsche com 'o amor perdoa até o desejo ao bem amado’, sem recear - em demasia -a decadência do espírito. E fazem-me ainda recuperar um recorte de jornal que marcava esta passagem do citado livro, na qual Fátima Maldonado, referindo-se ao escritor e à sua amada (bela palavra, hem), escrevia: «Ambos calcinavam os sítios do amor, mas enquanto ela se pregava à muralha da insanidade, como um despojo sangrento, ele ia edificando literatura com os cacos da paixão» (in ‘Expresso’, 10 Agosto de 1991). Felizmente que isto do amor é coisa de mulheres.
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