Quaresma XXIV
Afazeres relacionados com a decadência da nossa condição levaram-me a que só apanhasse a parte final daquele maravilhoso programa do PPortas, no preciso momento em que ele recomendava um livro da Inês Pedrosa. O céu ganha-se com estas pequenas coisas, isso é sabido, Deus recompensa aqueles que protegem os seus filhos mais desabonados da fortuna do bom senso. E a propósito, eis pois que, relembrando uma leve promessa aqui feita, recupero, de forma obscenamente recortada e baralhada, umas passagens relacionadas….
Gwendolen – (…) parece-me mostrar que ainda lhe esta um pouco de vergonha. (…) Em coisas desta importância, o estilo, e não a sinceridade, é a coisa vital
(…)
Cecily – Só a sua voz inspira credibilidade absoluta
(…)
Miss Priss – Não conheço ninguém com uma noção tão elevada do dever e da responsabilidade. (…) Gracejos ociosos e trivialidades não têm lugar na sua conversa.
(…)
Lady Bracknell – E uma hesitação de qualquer espécie seria um indício de decadência mental.
(…)
John – (…) Mas o facto é que não me agrada o seu carácter moral. Desconfio que é mentiroso
(…)
Cecily – (…) Espero que não tenha levado uma vida dupla, fingindo ser mau, e sendo, na realidade, sempre bom.
(…)
Lady Bracknell – (…) Devo dizer que me parece revelador de uma natureza um tanto impaciente. (…) Parece estar a dar mostras de trivialidade. (…) Quem me dera que ele chegue a alguma conclusão!
… e apanhadas nas falas dos personagens de ‘A importância de ser Earnest’ de Óscar Wilde (ed Relógio d’água, do 2º e 3º acto) certamente acompanhando a SIC notícias naquele momento. Mas não queria também deixar de aproveitar a oportunidade de incluir estas outras deixas…
Chasuble – Mas, depois de casado, o homem não tem o mesmo poder atractivo?
Miss Prism – O homem casado não tem poder atractivo senão para a esposa.
Lady Bracknell – A sociedade de L. está cheia de mulheres que, por sua livre escolha, permanecem há anos nos trinta e cinco
John – Então não nos resta mais do que um apaixonado celibato
… para quem viva em debute sentimental. Todos, no fundo.
Afazeres relacionados com a decadência da nossa condição levaram-me a que só apanhasse a parte final daquele maravilhoso programa do PPortas, no preciso momento em que ele recomendava um livro da Inês Pedrosa. O céu ganha-se com estas pequenas coisas, isso é sabido, Deus recompensa aqueles que protegem os seus filhos mais desabonados da fortuna do bom senso. E a propósito, eis pois que, relembrando uma leve promessa aqui feita, recupero, de forma obscenamente recortada e baralhada, umas passagens relacionadas….
Gwendolen – (…) parece-me mostrar que ainda lhe esta um pouco de vergonha. (…) Em coisas desta importância, o estilo, e não a sinceridade, é a coisa vital
(…)
Cecily – Só a sua voz inspira credibilidade absoluta
(…)
Miss Priss – Não conheço ninguém com uma noção tão elevada do dever e da responsabilidade. (…) Gracejos ociosos e trivialidades não têm lugar na sua conversa.
(…)
Lady Bracknell – E uma hesitação de qualquer espécie seria um indício de decadência mental.
(…)
John – (…) Mas o facto é que não me agrada o seu carácter moral. Desconfio que é mentiroso
(…)
Cecily – (…) Espero que não tenha levado uma vida dupla, fingindo ser mau, e sendo, na realidade, sempre bom.
(…)
Lady Bracknell – (…) Devo dizer que me parece revelador de uma natureza um tanto impaciente. (…) Parece estar a dar mostras de trivialidade. (…) Quem me dera que ele chegue a alguma conclusão!
… e apanhadas nas falas dos personagens de ‘A importância de ser Earnest’ de Óscar Wilde (ed Relógio d’água, do 2º e 3º acto) certamente acompanhando a SIC notícias naquele momento. Mas não queria também deixar de aproveitar a oportunidade de incluir estas outras deixas…
Chasuble – Mas, depois de casado, o homem não tem o mesmo poder atractivo?
Miss Prism – O homem casado não tem poder atractivo senão para a esposa.
Lady Bracknell – A sociedade de L. está cheia de mulheres que, por sua livre escolha, permanecem há anos nos trinta e cinco
John – Então não nos resta mais do que um apaixonado celibato
… para quem viva em debute sentimental. Todos, no fundo.
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