"Passando-lhes pelo estrado"

5.2. Variáveis dependentes
Temos de confessar agora que nutrimos pelo movimento sobre o qual nos iremos debruçar de seguida um carinho especial; trata-se da 'roçadela de polegar'. As combinações de estrado escolhidas são 1) o percurso braço-ombro-costas-rabo, que será uma carreira expresso temos de reconhecer, e 2) a zona traseira da coxa desde a dobra do joelho (ai que arrepio) até à sempre recorrente e omnipresente nádega esquerda (a nádega direita foi poupada ao estupro científico e foi oferecida em fermol aos artistas plásticos); aqui a velocidade e a intensidade são absolutamente determinantes, nelas se joga todo o sucesso do fraseado mímico-erótico do polegar; e crucial: a mulher tem de sentir que o olhar do homem está a acompanhar o movimento, é verdade, momentos ouve em que algumas desabafaram 'mas olha lá e tu estás a olhar para onde' quando se apercebiam que o polegar estava nas costas dela mas o resto estava virado para a sharon stone que descruzava as pernas no - ainda julgam assim hoje - canal panda. São verdadeiros instantes charneira, mas nada que uma boa foda (Função Orgânica Desenvolvida hArmoniosamente mas sem agá) rápida não resolva, pois qualquer movimento penetrante deixa o estrado feminino praticamente amnésico, é mesmo conhecido como 'comportamento refúgio', mas estamos a desviar-nos.

Concluamos cerce: um polegar deslizante pode fazer mais que uma pila de elefante, soa a brejeiro, soa, mas a ciência não vai em snobeiras: nem todo o esfreganço resulta em amor ao próximo.

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