Should I stay or should I go? (*)
Em momentos de empenhado lirismo (e épica produtividade vernacular, há que dizê-lo sem receio) como o que deve ter gerado o post anterior é difícil resistir à perguntinha "Should I cool it or should I blow?" Não faço ideia quem seja o homem a que o lado masculino aqui do blog dedica tanto interesse e atenção, quiçá carinho (há que reconhecê-lo também, ao carinho claro) mas começa a interessar-me como, aliás, parece acontecer a um jovem aloirado que aparece na televisão e tem nome de imperador romano - mas com mais es e esses - que também parece gostar muito do que o tal rapaz faz.
No átrio de qualquer gineceu (e nos balneários um pouco mais, quer-me parecer) aprende-se desde tenra idade (adoro esta expressão, lembra-me talho ou retalho mas não sei precisar) que se alguém nos dedica atenção é porque lhe merecemos interesse (merecer também é um bom verbo embora com muito vento se perca o efeito) e há a quem isso baste para arredondar mais o ego que o ventilador fez ao vestido branco da loira oxigenada daquele filme muito antigo. Assim, o interesse define-se como a mais demonstrável das formas de amor (por empirismo atávico mas num blog destes é bom de ver que ninguém se vai pôr a conjecturar sobre racionalidade e conhecimento científico).
Jamais questionar se o interesse é negativo ou positivo é a primeira das regras de sobrevivência a aprender (o Padre António Vieira já dizia mais ou menos isto quando falava das vozes dos inimigos e das trombetas da fama mas agora não me lembro da citação integral) por quem quer singrar. Depois é só deixar que a imaginação seja a tal forma de memória de que falava Nabokov (e isto é uma opinião forte, claro que é) e se construa à custa de bem ou mal-entendidos (frangos para fora e foras de jogo, haja fé) uma reputação paga a medalhas de cuspe e ovos podres (fora os assaltos à decência e integridade do bilhete de identidade) e a peso de ouro.
Resultados? Ora, no fim do combate, obviamente. É tudo uma questão de inabalavelmente rochosa fé leonina!
[And now, 'darling you gotta let me know: should I stay or should I go'?]
(*) Clash, album "Combat Rock", 1982
Em momentos de empenhado lirismo (e épica produtividade vernacular, há que dizê-lo sem receio) como o que deve ter gerado o post anterior é difícil resistir à perguntinha "Should I cool it or should I blow?" Não faço ideia quem seja o homem a que o lado masculino aqui do blog dedica tanto interesse e atenção, quiçá carinho (há que reconhecê-lo também, ao carinho claro) mas começa a interessar-me como, aliás, parece acontecer a um jovem aloirado que aparece na televisão e tem nome de imperador romano - mas com mais es e esses - que também parece gostar muito do que o tal rapaz faz.
No átrio de qualquer gineceu (e nos balneários um pouco mais, quer-me parecer) aprende-se desde tenra idade (adoro esta expressão, lembra-me talho ou retalho mas não sei precisar) que se alguém nos dedica atenção é porque lhe merecemos interesse (merecer também é um bom verbo embora com muito vento se perca o efeito) e há a quem isso baste para arredondar mais o ego que o ventilador fez ao vestido branco da loira oxigenada daquele filme muito antigo. Assim, o interesse define-se como a mais demonstrável das formas de amor (por empirismo atávico mas num blog destes é bom de ver que ninguém se vai pôr a conjecturar sobre racionalidade e conhecimento científico).
Jamais questionar se o interesse é negativo ou positivo é a primeira das regras de sobrevivência a aprender (o Padre António Vieira já dizia mais ou menos isto quando falava das vozes dos inimigos e das trombetas da fama mas agora não me lembro da citação integral) por quem quer singrar. Depois é só deixar que a imaginação seja a tal forma de memória de que falava Nabokov (e isto é uma opinião forte, claro que é) e se construa à custa de bem ou mal-entendidos (frangos para fora e foras de jogo, haja fé) uma reputação paga a medalhas de cuspe e ovos podres (fora os assaltos à decência e integridade do bilhete de identidade) e a peso de ouro.
Resultados? Ora, no fim do combate, obviamente. É tudo uma questão de inabalavelmente rochosa fé leonina!
[And now, 'darling you gotta let me know: should I stay or should I go'?]
(*) Clash, album "Combat Rock", 1982
Sem comentários:
Enviar um comentário