Agassi
Sim, Agassi

Agassi, pois; independentemente ( vou tentar não usar muitos advérbios de modo porque vi noutro dia esplanado por aí que é proibido) do resultado que tenha amanhã com aquele chip suiço de fitinha amarela, e de nem ter feito hoje um jogo de cinco estrelas, é bom que se diga já que Agassi é o maior jogador de ténis de todos os tempos ( estes superlativos são a razão de existir do desporto). Se não mesmo desportista. Apesar de conhecer as pancadas que os adversários vão fazer antes deles próprios saberem, apesar de dar aquela ideia que ainda tem tempo de fazer um su doku antes de bater cada bola, apesar de ter andado uns sets a fazer amortis com a Brooke Shields, ainda chegam a dizer que por vezes ele se excede um pouco em jogo táctico, do género de quem diz que Deus foi um bocado pirrónico com aquela coisa da lei da gravidade. Sem nunca ter dado para aquelas paneleirices dos aproaches em slice, desprezando como um estoico aquelas esquerdas duma só mãozinha, bem puxadinhas atrás e em chapa, como se os jogadores de ténis fossem girafas a tomar balanço para bater punhetas [(esta agora relida pareceu-me 'forte') daqui a bocado pareço o rubem fonseca em crise de carreira], e escolhendo o jogo de rede apenas na altura de cumprimentar os tipos que acabou de ensinar a jogar, esta criatura que Deus desenhou para jogador de ténis ( logo a seguir deve ter desenhado o Peseiro e esqueceu-se de afiar o lápis no entretanto) é o único jogador do ‘ténis moderno’ que ganhou os quatros torneios do grand slam (isto é um blog que dispensa - no sentido de 'distribui' -informação séria, atenção), e chega aos 35 anos dando a sensação ( isto foram duas ou três palavras com terminação em ‘ão’ muito seguidas, se calhar perco o emprego) que foi o gajo que inventou mesmo aquilo e que de vez em quando deixou uns stallones servir como quem desbasta a floresta amazónica em folhas de papel cavalinho e até ganharem uns jogos. Qualquer comparação com outros jogadores só se poderá fazer porque senão os manuais de estatística deixavam de ter razão de existir e, claro, há rapazolas que em não podendo ser bailarinos por imposição genética acabam por ir batendo umas bolas com força e nos melhores dias acertam nuns half volleys.

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