Resposta a um que «Tu que escreves sobre coisa nenhuma»
(e de caminho ajudando quem possa andar com problemas técnicos)
No tricot começa por se ‘lançar as malhas a partir do ‘nó corredio’’, esse nó que desliza, a verdadeira antítese do nó cego. Mas não sei qual é o melhor dos dois. Um que permita irmos por aí marcando pontos, gerindo a malha, ou um que nos prenda, nos fixe, nos diga: é isto, não percas tempo em floreados nem em losangos.
Mas o ponto propriamente dito já aparenta ser um verdadeiro kamasutra de mãos : “dê uma volta com o fio em redor do dedo mindinho da sua mão direita. Passe-o por cima do dedo anelar, depois por baixo do dedo médio (nesta altura já estarão a revirar os olhos certamente) e então por cima do dedo indicador”. Não sei se assim se fazem meninos, ou os ditos preambulares, mas camisolas não se farão certamente. Eu queria ser fio, sim eu queria ser fio. E aos dias nove, faria um novelo.
Mas como em tudo é preciso ter cuidado: “ Ao tricotar conserve o dedo polegar da mão direita sempre em contacto com a agulha, usando o indicador para fazer passar a lã à volta da agulha» Nunca perder portanto o contacto com a agulha. Parece-me justo e acertado, tivéssemos nós sempre esse cuidado, e até os camelos entrariam no reino dos céus e o mundo não nos pareceria um palheiro. Não sei se vocês estão a acompanhar isto, se calhar vou mudar para ‘ponto liga’ porque do avesso às vezes é mais giro. Como o mundo. Em certos dias.
Tudo ter um fim, apesar de ser uma expressão absolutamente estúpida e fazer parte daquelas que são impossíveis de demonstrar, dalguma forma dá-me jeito aqui para o trico-post , tanto mais que “isto tudo só acaba quando as malhas estiverem todas trabalhadas e a nova carreira estiver toda na agulha da mão direita”. Sim, é limpinho, no final todos vão comer à mãozinha dos mesmos. Liberais e outros amantes do crochet do poder.
E claro, este postezinho também é dedicado à convidada que ultimamente, e de vez em quando, tem escrito aqui neste blog metendo-se comigo sempre com uma letrinha amaricada, ora disfarçada de Eva-chip, ora de vendedora de aguarelas manhosas, ora de escritora de ficção mal friccionada. É o que dá um tipo ter andado carradas de anos no negócio da lavagem de passwords e agora o feitiço se ter virado contra o feiticeiro. Mas eu dou conta dela, não se preocupem.
E os textos em itálico e entre aspas foram retirados duma revista que o pudor masculino me impede de revelar.
(e de caminho ajudando quem possa andar com problemas técnicos)
No tricot começa por se ‘lançar as malhas a partir do ‘nó corredio’’, esse nó que desliza, a verdadeira antítese do nó cego. Mas não sei qual é o melhor dos dois. Um que permita irmos por aí marcando pontos, gerindo a malha, ou um que nos prenda, nos fixe, nos diga: é isto, não percas tempo em floreados nem em losangos.
Mas o ponto propriamente dito já aparenta ser um verdadeiro kamasutra de mãos : “dê uma volta com o fio em redor do dedo mindinho da sua mão direita. Passe-o por cima do dedo anelar, depois por baixo do dedo médio (nesta altura já estarão a revirar os olhos certamente) e então por cima do dedo indicador”. Não sei se assim se fazem meninos, ou os ditos preambulares, mas camisolas não se farão certamente. Eu queria ser fio, sim eu queria ser fio. E aos dias nove, faria um novelo.
Mas como em tudo é preciso ter cuidado: “ Ao tricotar conserve o dedo polegar da mão direita sempre em contacto com a agulha, usando o indicador para fazer passar a lã à volta da agulha» Nunca perder portanto o contacto com a agulha. Parece-me justo e acertado, tivéssemos nós sempre esse cuidado, e até os camelos entrariam no reino dos céus e o mundo não nos pareceria um palheiro. Não sei se vocês estão a acompanhar isto, se calhar vou mudar para ‘ponto liga’ porque do avesso às vezes é mais giro. Como o mundo. Em certos dias.
Tudo ter um fim, apesar de ser uma expressão absolutamente estúpida e fazer parte daquelas que são impossíveis de demonstrar, dalguma forma dá-me jeito aqui para o trico-post , tanto mais que “isto tudo só acaba quando as malhas estiverem todas trabalhadas e a nova carreira estiver toda na agulha da mão direita”. Sim, é limpinho, no final todos vão comer à mãozinha dos mesmos. Liberais e outros amantes do crochet do poder.
E claro, este postezinho também é dedicado à convidada que ultimamente, e de vez em quando, tem escrito aqui neste blog metendo-se comigo sempre com uma letrinha amaricada, ora disfarçada de Eva-chip, ora de vendedora de aguarelas manhosas, ora de escritora de ficção mal friccionada. É o que dá um tipo ter andado carradas de anos no negócio da lavagem de passwords e agora o feitiço se ter virado contra o feiticeiro. Mas eu dou conta dela, não se preocupem.
E os textos em itálico e entre aspas foram retirados duma revista que o pudor masculino me impede de revelar.
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