No girls, no gods, just music
Geralmente (ia a escrever ‘por princípio’ mas consegui evitar mesmo à justa) só disserto sobre assuntos dos quais tenha um desconhecimento profundo. É o caso do último disco dos Shivaree que não ouvi de todo. Recorro pois à crítica do Público de hoje – o que já faço pela segunda vez seguida, correndo por isso o risco de tornar esta rubrica num clássico, e como eu gostava, meu Deus, de ter uma rubrica que fosse um clássico – e que é iniciada com a sempre empolgante mas enigmática palavra: ‘apesar’. E há uma outra coisa que será justo esclarecer: eu detesto escrever sobre música, mas adoro falar sobre críticas de música, principalmente daquelas que utilizam o divino método: primeiro escrever a crítica e depois escolher o disco. Aparentemente os Shivaree ‘ não existem mas são o veículo para transportar a paixão que verte da boca de Ambrosia’, e isto quase que chegava para um tipo ir correndo a comprar o disco de forma desaustinada, pois poderia usufruir do prazer proibido quase com a mesma devoção com que acede às graças sacramentais gregoriana e polifonicamente acompanhadas. Mas eis que, como se não bastasse, inesperadamente o disco se apresenta ‘tão musicalmente previsível como emocionalmente fascinante’. Pessoal, eu aqui parei, acho que estamos em lua nova e eu fico muito sensível, não sei se o fascínio emocional é que me fará melhor, tanto mais que neste perigosíssimo disco a ‘ambiguidade reina por cima da batida marcial mas doce’. Água benta para cima disto, Ambrósia volta para dentro que um homem não é de ferro, e agora dois dias de Aretha Franklin para purgar. Apesar, claro.
E para os devotos dos blogs minimalistas, e pelo mesmo preço, vos digo, hoje faria um post praticamente melancólico, dizendo que: em terra de passarinhos que tem olho é coruja, e em terra de marinheiros quem tem mamas é maruja.
Geralmente (ia a escrever ‘por princípio’ mas consegui evitar mesmo à justa) só disserto sobre assuntos dos quais tenha um desconhecimento profundo. É o caso do último disco dos Shivaree que não ouvi de todo. Recorro pois à crítica do Público de hoje – o que já faço pela segunda vez seguida, correndo por isso o risco de tornar esta rubrica num clássico, e como eu gostava, meu Deus, de ter uma rubrica que fosse um clássico – e que é iniciada com a sempre empolgante mas enigmática palavra: ‘apesar’. E há uma outra coisa que será justo esclarecer: eu detesto escrever sobre música, mas adoro falar sobre críticas de música, principalmente daquelas que utilizam o divino método: primeiro escrever a crítica e depois escolher o disco. Aparentemente os Shivaree ‘ não existem mas são o veículo para transportar a paixão que verte da boca de Ambrosia’, e isto quase que chegava para um tipo ir correndo a comprar o disco de forma desaustinada, pois poderia usufruir do prazer proibido quase com a mesma devoção com que acede às graças sacramentais gregoriana e polifonicamente acompanhadas. Mas eis que, como se não bastasse, inesperadamente o disco se apresenta ‘tão musicalmente previsível como emocionalmente fascinante’. Pessoal, eu aqui parei, acho que estamos em lua nova e eu fico muito sensível, não sei se o fascínio emocional é que me fará melhor, tanto mais que neste perigosíssimo disco a ‘ambiguidade reina por cima da batida marcial mas doce’. Água benta para cima disto, Ambrósia volta para dentro que um homem não é de ferro, e agora dois dias de Aretha Franklin para purgar. Apesar, claro.
E para os devotos dos blogs minimalistas, e pelo mesmo preço, vos digo, hoje faria um post praticamente melancólico, dizendo que: em terra de passarinhos que tem olho é coruja, e em terra de marinheiros quem tem mamas é maruja.
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