O paradigma do feminino na blogosfera.
(e porque o tamanho interessa, este post é patrocinado pelo spam-world, à ultima hora o pessoal do Feldene roeu a corda)

Existem apenas dois tipos de blogs: os ‘políticos’ e os de ‘gajas’. O resto, como este, é merda inconsequente e sem nenhum contributo para a evolução nem da espécie nem do deficit.
Ora os 'blogs políticos' definem-se simples e rapidamente como o cruzamento do AJTeixeira a comentar a Mª de Belém na sic notícias, com uma espécie de arredondamento do quadrilátero composto pela análise perspicaz e envolvente do perez metelo a uma pergunta inteligente e fracturante da MMGuedes. Poupam-nos ao Crespo, mas faltam-lhes os vídeos da J.Lopes e a vivacidade criativa daquela moça que decora o Marcelo. Resta pois definir os blogues femininos. E é então que o paradigma desabrocha. A mulher procura aqui exacerbar os seus dois principais alvos de transferência mirífica: o lado rufia (eventualmente ‘puta’ mas não usei o termo para não melindrar as mais çenssíveles) e o lado Simone de Beuvoir (não usei ‘florbela espanca’ para não afinar as mais achanatadas), emprestando assim a sua verve para se irem calcetando entre estes dois basaltos. Ora mostram mais o ovário a sangrar ora mostram mais a pele eriçada a suar, mas estão sempre a revelar que: uma mulher é sempre duas cantigas. Se um dos ditos 'blogues políticos' por exemplo um dia tivesse autorização para falar livremente sobre as mulheres diria: ‘não se justifica referendar a sua existência de natureza pré-hermafroditica mas convém controlar a sua proliferação’. Recolho agora um exemplo visto recentemente: anunciar um calendário ovulativo. Trata-se duma figura de belo efeito, algo que um homem não tem manifestamente para apresentar, e que deixa no ar esta ambivalência toda ela da ordem do paradigma: para a mulher o sexo é uma mistura entre uma declaração de impostos e uma libertação de gazes. Ou seja, para a mulher tudo se desenvolve entre uma dedução à colecta e um off shore arejado ( o que é uma benção por sinal). Recorro agora a outra imagem que anseio esclarecedora: mulher que se preze não tem pachorra para ler o blog ‘Abrupto’. Aquilo nada lhes acrescenta, para as mulheres não existem ‘coisas simples’ e ‘coisas complicadas’, para as mulheres o firmamento só lhes interessa na medida em que este lhes interfira com a dose de trifene ( agora lixei-te ó feldene, vês!) a usar, concluindo, para efeitos de paradigma (que é para o que estou a ser pago): à ‘mulher de blog’ tanto se lhe dá que a verdade seja ‘filha do tempo´ como ‘filha da puta’, e os momentos mais marcantes desde o 25 de Abril estarão sempre entre a abertura da 1ª Zara e a primeiro pecado não confessado. Às ‘mulheres de blog’ tanto se lhes dá que Zenha fosse salgado como se Guterres fosse insonso desde que, volta paradigma: O poder para o feminino é algo entre um canalizador e um filósofo com voz de tenor. Retomo a ideia inicial para poder finalizar, a fusão entre a mulher que adora seduzir com a sua pretensa ‘original - ordinarice’ e a mulher que adora seduzir com a sua pretensa ‘original- femme-fatalice’ leva-nos ao definitivo enunciado do paradigma: só se é verdadeiramente Mata-Hari se se souber fazer decentemente a dança do ventre e beijar como quem queima. Impossível, num blog, mesmo feminino.


Reparem isto é um paradigma, não é um parapeito, por isso não se garantem boas vistas para apreciar. É pena, eu sei. ( e um dia isto ainda vai mesmo ficar somente com aquele leitor marreco e vendedor de chás afrodisíacos na rua Anchieta)

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