The wonderful world of indeciso’s mind
A grande questão do momento

O problema situa-se todo em torno ( ‘andar em torno’ é a expressão técnica de ‘falar dessa merda’) do neurónio 69. Este vive constantemente encavalitado e transforma a carola do indeciso num emaranhado de fluidos mal drenados que acabam por escorrer para o cocuruto gerando aquela comichão típica dos indecisos. O funcionamento do mecanismo mental do indeciso baseia-se no princípio de: um ‘que se foda’ é perfeitamente admissível na ausência dum ‘depois já te atendo’ ou na impossibilidade epistemológica dum ‘olha é para onde estiver virado’. Cérebros mais toldados pelo misticismo já desenvolveram mecanismos relacionados com a teoria do ‘Deus se encarregará de me levar a mão para o quadradinho certo’, no entanto, nunca foi possível ligá-los à máquina no momento do êxtase.
Esta sofisticada arquitectura cerebral desenvolveu uma muito peculiar solução para aproveitar os espaços mortos que acompanham o estado de indecisão, é o chamado: ‘coçar os tomates’ corner. Trata-se dum local de interstício, da família dos virilhosos, e que potencia as micoses mentais num registo peri-orgásmico. Vários cérebros de indecisos foram dissecados no momento em que sucumbiam à tentação da carne e se decidiam ( fase apocalíptica no modelo JGiliano da ‘inscrição’). O aspecto era semelhante ao duma epidural Guterreana aplicada transversalmente no mesencéfalo: muita esponja e pouco sabão. Diga-se no entanto que, por exemplo, uma mulher indecisa tem outro encanto, há que dizê-lo, a indecisão retira-lhe um pouco o ar avarinado, e segundo os últimos estudos tudo parece estar relacionado com hormonas sacadas à ultima hora da costela do Adão, que na única decisão que se lhe conhece, já se sabe: fez merda.

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