Cantinho do desfazedor
Gil a nova mascote da exposição universal do pensamento como referendo de existência

Introdução de leve pendor erudito
É sabido que o homem pode experimentar a tristeza na busca da verdade. Olhar o presente com os olhos do presente pode até fazer o homem sentir o travo da angústia. Nos dias melhores então faz de filósofo, “declinando a inúmeras espécies de pequenez” alheia e alimentando-se de “alibis de inscrição” auto construídos num altar de aparente ‘desenclausuramento’ (é que acabaram-se-me as areias porra).

Reajuste cénico
A maneira mais segura de avaliar um circo é criticar os cães amestrados com base na performance dos palhaços, assim ninguém se escapa à análise, excepto os espectadores que ficaram nas últimas filas e que assim se livram tanto do degradante espectáculo das bostas dos elefantes como de serem acusados do medo de assistir.

Poder & Sexo – buondi style
O tempo em que as elites ajudavam a definir um povo já lá vai. O tempo em que o povo ajudava a definir as elites já lá vai também. Foram-se com o café de saco, o mundo é expresso. Com creme. Quem não vê isso tem medo das novas borras dos tempos. E pensa como quem se masturba porque tem medo de parir.

Tudo ao molho
Uma nação para se perceber tem de se ver como uma mãe beija um filho e como um filho beija a sua mãe (isto por acaso está a soar-me a uma Louçãnada...) e não nas buscas etnográficas das burocracias de turno. Quando escolhe um delirium jaculatorium à falta duma boa foda, acaba por se atracar ( no sentido náutico) nos sempre recorrentes triângulos mágicos da inveja para embelezar a análise. Desconfio de quem pensa e nunca teve de pagar ordenados no fim do mês ( Louçãnada again...) e por isso não sabe distinguir o valor ontológico do medo do valor sociológico da insegurança. Falta-lhes o chamado choque do cagaço. ( é uma espécie de mistura de choque tecnológico e de choque de valores mas embebido em bagaço, o verdadeiro choque útil)

“O mundo de Sofia”
A sociedade não existe; isto é básico; Nietz & Kirk ainda fodem o juízo a muita gente que nem dá conta disso ; básico também. Moral da história: tudo se poderia resumir a gerir complexos e a não alimentar muito uma das maiores falácias do pensamento: a de que o equilíbrio provem do ajuste entre a realidade e a imagem que possuímos dela. Se Marx tivesse conseguido encaixar Deus naquela cangalhada toda hoje já não haveria filósofos e já teríamos descoberto que o complexo de inferioridade dos portugueses é uma artimanha para enganar pensadores patrocinados pelas casas da melhor delicatessen. Com recheio, claro.

Deo Gratias
Abençoado o tal de “nevoeiro entorpecedor da consciência” que provoca a tal “grosseria arrogante” dos portugueses que fala J.Gil ( felizmente a minha filha chegou agora com mais areias e vidago limão) pois será essa que sacará os melhores risos de Deus. Sem medo.

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