“Amo-te Sócrates”

uma cadeia de bares só para varinas



Tão querido, e beijou-me, e prometeu que eu nunca seria co-incinerada, que o deficit nunca me levantaria a saia, que o país com ele nunca daria raia, que na minha padiola só haveria dourada e daquela bem espetada e do mar alto, e que calores quando me disse que com ele só haveria partos sem dores, Jesus, vejam, ele até me pareceu quase tão religioso como o outro, e com ele vai ser tudo sustentado, se calhar nem precisa de ser esfregado, benzó Deus, destes que nem dão trabalheira é cagente precisa ó meninas, mas eu vou querer experimentá-lo primeiro, vocês só o levam depois da primeira remodelação, até lá nem pensem em deitar-lhe a mão, ainda pra mais é engenheiro, e o que eu me dou bem com engenheiros, inspiram logo confiança, deixam-se escalar sem espernear muito, são de espinha crocante, dão-se mal nas omeletes mas o que eles rendem nos filetes, e nunca secam nos assados, abençoados, qu’isto minhas queridas só aparece uma vez na vida, um homem tão bem posto, que até dá gosto, ama os pobrezinhos, dá dolviran ós velhinhos, e sigam os arranjinhos, porque o besugo tem de continuar a ser bem amanhado, ó filhas o último beijinho é para mim, ai meu rico escabeche, q’ele agora já não se importa de ficar a cheirar a peixe.

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