“Amo-te Louçã”

uma cadeia de bares só para beatas



Ai ele nesse altar fica muito escondido, valha-me Deus, temos de lhe dar aquele que fica ali ao pé das velas, e é tão giro o que ele escreve nas pagelas, aquilo é que se reza tão bem ao pé dele, a graça de Deus até parece que vem em forma de tobleronnnes, cruzes qu’é gula, mas depois a gente respira todas muito fundo, tão fundo que as palavras entram-se-nos como se quem me falasse fosse o meu querido defunto, e o que ele dá bem conta do diabo, só visto manas, até se lhe desfalece o rabo e os corninhos se desfazem em pó, até mete dó, e quando a voz lhe vem lá bem de dentro da alma, sai como o gargarejar dos anjos, parece um locutor da rádio a dar-nos os tops, parece a sabedoria em forma de xaropes, sempre a pôr os pontos nos is, nós estamos para ele como os bichinhos pró S. Francisco d’Assis, arredem daí filhas que eu quero ser a primeira a ser aspergida com o sangue da sua ferida, ó estigmatizado do meu coração, quando o teu rebanho atingir a montanha tão almejada eu quero ser a primeira a ser tosquiada, e com o fio da minha lã enforcaremos o Satã.

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