Temos mesmo é que apostar só na mudança de ares
Nesta grande secretaria de estado das artes e dos espectáculos, que no fundo é ao que todos nós pertencemos, há um político que devia ser muito mais acarinhado: João Soares. Não entendo o que o mantém afastado do coração das gentes deste meu país. Um homem culto, um homem preocupado com os outros, um homem que pensa pela sua própria cabeça, um homem que não hipotecou o seu coração à usura funcionária da conveniência, um homem que não se vende nas feiras da telegenia, um homem que não renega o apoio dos pais mesmo depois de ter já preenchido o boletim de vacinas, só devia era ser levado ao colo até ao poder, senão mesmo indo em cima dum andor (até por causa das dores nas costas). Deverá ser apenas a inveja (não se pode usar a palavra “ressentimento”porque essa é só o Portas que pode usar) o que está a impedir que o nosso povo à beira-mar (pode substituir-se esta expressão por “recurso estratégico”) plantado possa ser governado no regaço almofadado deste político de brilho radioso, que nos traria certamente uma brisa morna para este nosso pardo entardecer. Poderá ter tendência para ser gordinho, temos de reconhecer, mas isso não será o definitivo sinal da bonomia, da afabilidade, dos que não vivem para o culto do seu corpo e se entregam aos outros como filhos legítimos do desprendimento, senão mesmo perfilhados pela magnanimidade.
Desperdiçando JSoares, perderemos o essencial da política, o que ela tem de amaciador para a alma, deixamos de poder subir no elevador panorâmico em que se podia tornar a nossa vida rumo aos castelos da mourisca felicidade, deixamos de poder contar com o seu sorriso meigo e desinteressado, mas que não esconde o real empenho em nos fazer felizes e donos do nosso destino. Não estaremos a ficar inebriados pelo borbulhar sulfatoso e enxofrado dos dias vulcânicos, e assim a correr o risco de enjeitar a possibilidade de sermos bafejados por um estadista docemente abençoado; será que preferimos lamber-nos na chuva ácida dos dias em vez de vivermos espairecendo com o sopro dum político fadado para nos guiar pelas tempestades destes tempos inóspitos.
A providência leviatânica põe-nos à disposição a mãe-de-todas-as-soluções e nós, desenxertados da árvore da razão, deixamo-nos levar pela leviandade dos dias que crucificam aqueles que nos trariam a verdadeira paz. E nem rimei, chiça.
Nesta grande secretaria de estado das artes e dos espectáculos, que no fundo é ao que todos nós pertencemos, há um político que devia ser muito mais acarinhado: João Soares. Não entendo o que o mantém afastado do coração das gentes deste meu país. Um homem culto, um homem preocupado com os outros, um homem que pensa pela sua própria cabeça, um homem que não hipotecou o seu coração à usura funcionária da conveniência, um homem que não se vende nas feiras da telegenia, um homem que não renega o apoio dos pais mesmo depois de ter já preenchido o boletim de vacinas, só devia era ser levado ao colo até ao poder, senão mesmo indo em cima dum andor (até por causa das dores nas costas). Deverá ser apenas a inveja (não se pode usar a palavra “ressentimento”porque essa é só o Portas que pode usar) o que está a impedir que o nosso povo à beira-mar (pode substituir-se esta expressão por “recurso estratégico”) plantado possa ser governado no regaço almofadado deste político de brilho radioso, que nos traria certamente uma brisa morna para este nosso pardo entardecer. Poderá ter tendência para ser gordinho, temos de reconhecer, mas isso não será o definitivo sinal da bonomia, da afabilidade, dos que não vivem para o culto do seu corpo e se entregam aos outros como filhos legítimos do desprendimento, senão mesmo perfilhados pela magnanimidade.
Desperdiçando JSoares, perderemos o essencial da política, o que ela tem de amaciador para a alma, deixamos de poder subir no elevador panorâmico em que se podia tornar a nossa vida rumo aos castelos da mourisca felicidade, deixamos de poder contar com o seu sorriso meigo e desinteressado, mas que não esconde o real empenho em nos fazer felizes e donos do nosso destino. Não estaremos a ficar inebriados pelo borbulhar sulfatoso e enxofrado dos dias vulcânicos, e assim a correr o risco de enjeitar a possibilidade de sermos bafejados por um estadista docemente abençoado; será que preferimos lamber-nos na chuva ácida dos dias em vez de vivermos espairecendo com o sopro dum político fadado para nos guiar pelas tempestades destes tempos inóspitos.
A providência leviatânica põe-nos à disposição a mãe-de-todas-as-soluções e nós, desenxertados da árvore da razão, deixamo-nos levar pela leviandade dos dias que crucificam aqueles que nos trariam a verdadeira paz. E nem rimei, chiça.
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