Hoje o dicionário não ilustrado faz uma pequena viagem ao mundo das figuras de estilo.

É que tudo se resume à gramática como sabemos. Entradas 828 a 836.



Políticos em aliteração – São os que repetem sempre os mesmos sons pensando que o povo se orienta de ouvido



Políticos em anáfora – São os que repetem sempre a mesma palavra no início dos discursos, e assim sabemos logo quando são eles, sem correr o risco de deixar estorricar o refogado



Políticos em epanadiplose – São os que nos chagam à grande e que gostam de ter a certeza que nos chagam mesmo.



Políticos em quiasmo – São os que vivem a tricotar-nos os neurónios, sabendo de antemão que assim não saímos do mesmo sítio apesar de andarmos sempre entretidos.



Políticos em sinestesia – (é pá isto rima tão benzinho que vai ser uma pena desperdiçar) São os que põem tudo no mesmo saco desde que não se misturem os cheiros da anestesia (não resisti, pronto)



Políticos zeugmáticos – São os que tanto servem para a “Defesa” como para as”Artes e Espectáculos”, o importante é manter-se o vínculo, mesmo que a relação não esteja à vista.



Políticos anacolutos – São os que começam com falinhas mansas, reverenciais e educadas, e acabam a tratar-nos por “ó tu estás a olhar para quem”?



Políticos em hipérbato – São os que começam logo pelos finalmentes porque não gostam de nos alimentar a ansiedade.



Políticos em epífora – São os que acabam sempre no final por fazer merda, mas que gostam de se repetir.





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