O ambiente é de férias, os ministros estão escolhidos, e os iluminados estarão, não tarda, uns encolhidos e outros esbaforidos.



É por isso que saem apenas estas alarvidades, misturadas com rimas lioninas.

 

Os textos do Bruno sobre o Victor Baia são um «esforço que deverá merecer a nossa ternura».
E até me levarão mais além, vendo bem.

V. Baia tem o seu próprio fado, joga à bola, só lhe falta ir a pé a Fátima. Reparo agora que praticamente se apresenta como Santana Lopes: «Às injustiças pessoais que tem sofrido responde com um silêncio heróico, jamais respondeu amargo ao ódio invejoso de tantos» Estamos pois na presença dum novo paradigma da alma portuguesa: o mal amado. Esse ser complexo, e jamais redutor, esse ser que só é amado com dor.

Almas onde o carisma só atrapalha, almas onde a crista enerva a maralha.

É bem verdade que «as mitologias de estado jamais apagam os mitos que moram no íntimo coração dos povos», por isso eu penso que Baía e Santana ainda poderão vir a ser o aconchego mítico daqueles que se viram despojados da solidariedade dos seus pares. Mostrarão o que vale uma alma bem calafetada com o perfume do sofrimento, com o betume da injustiça e com a força da pi....bem, adiante;

Tal como Baía era o que sofria

belos frangos mas sempre com galhardia, ( reparem que “frangos da guia” teria rimado, mas eu evitei o despropósito por respeito) era o que confiava no golpe de vista ao jeito do piscar d’olho duma criança,

Santana, certamente também, da elegância será refém,

e não nos desiludirá, e sairá aos cruzamentos dos analistas como uma corça segura, e deixará passar os remates rasteiros da oposição banal com o olhar tranquilo dum eremita medieval ( um bocadinho forçada esta...) Ponhamos o nosso enlevo nestas almas incompreendidas, nestas almas do conforto banidas, nestas almas que se alavancam nos sentimentos que a outros perturbariam ou mesmo condenariam.

E eu ainda nem acredito bem que escrevi isto, apesar de estar bem visto.

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