Hoje faço parte dum rebanho que precisa duma sessão de psicanálise Junguiana patrocinada pela revista xis, afagada por uns carinhos da Madre Teresa (na impossibilidade serve a Mª de Lurdes Pintassilgo), e dum enquadramento histórico feito pelo Hermano Saraiva.



Nós que poderíamos ter um alter-ego assim jeitosinho, feito à base de N. Álvares Pereiras e afins, acabamos mas é por construir com aquela merda da selecção uma espécie de ego-de-alterne. Uns apaneleiradozinhos à volta dum brazuca que tirou um curso de psicologia de favela, e que galvanizam a musculatura a ouvir o Roberto Leal na camioneta, e que pedem para andarmos a abanar bandeiras e cachecóis, estão mesmo é a pedir que se lhes enfie o pauzinho das ditas pelo alter-rabo acima. Aquele velho de bigode a quem convencionaram chamar treinador porque foi campeão do mundo com o Ronaldo, o Rivaldo, o Ronaldinho & Cia, sabe tanto organizar uma equipa de futebol como eu sei fazer cerveja num lagar de azeite. Andámos feitos parvos a pensar que até agora tinha sido só a brincar, e que eles não podiam ser assim tão maus quando fosse a sério, mas grande porra: quando é a sério os gajos ainda são piores do que a brincar.

Na próxima operação do “pirilampo mágico”, aqueles “bichinhos peludos” deviam ser produzidos com os pêlos do bigodinho do cabrão do Scolari: arrancadinhos um a um. Por cada berro que ele desse o povo gritava hossana, e jurava – de joelhos - nunca mais apoiar uma selecção, nem que ela jogasse contra uma equipa vestida com a bandeira de Castela e que todos se chamassem Conde Andeiro.

Só me lembro do H. Michaux quando dizia «é raro encontrar alguém sem que eu lhes bata. Há quem prefira o monólogo interior. Eu não. Gosto mais de bater». Pois a mim de facto, as palavras já me estão a atrapalhar, e só me apetece dar-lhes um arraial de porrada. Se o inconsciente colectivo do Jung existe mesmo, o melhor é irmos todos para a Zara desanuviar, e gastar dinheiro a comprar fancaria, para quando o borboto começar a aparecer ninguém se poder ficar a rir de ninguém. E não desanimemos, tanto trapo verde e encarnado há de fazer umas boas esfregonas para limpar a merda que esta equipa de futebol, que dizem ser - promiscuamente, note-se - de “todos nós”, anda a fazer. E se me dizem mais alguma vez que acusaram a pressão em demasia, eu enfio-lhes com a panela do cosido pelas trombas abaixo.

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