E que se lixe. Faz de conta que é sobre o amor à Pátria.
Quem é que dizia que não se devia abusar do efeito fácil das frases curtinhas?
Amor porque me maças. Porque não te limitas. A olhar para mim, e a acreditar que gosto de ti. Andas a rastejar provas. Com esse bisturi horrível. Não te dês ao trabalho. Eu não estou em demonstração: vivo em flagrante. Mira-me e caça-me. Não te queres maçar também? Fazes bem. Viveremos alheados. Mas pelo menos: bêbedos de olhar. Desfrutando apenas da estupidez da face. Ao léu. Coradinha ao sol. Moleirinha mole. A rogar abanico. A despejar para o penico. Mas quem verte águas não pode afagar mágoas. É badalhoquice. Até porque nem todo o mijo que brilha é ouro derretido. E podias-me fazer uma festa. Ao menos. Deixava-te ver o mundo deitada. Com a cabeça no meu colo. Ainda te penteava as madeixas. Para que não me beijasses só nas deixas. Como nos amores de sufrágio. Daqueles para despachar serviço. Tipo sinfonias sem adágio. Sempre reféns das contagens, como ribeiras esquecidas pelas margens. Ali só a correr, a correr, a correr.
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