Somos de seres de condição sequestrada, mas de espírito livre.
Siga a marinha.
Guterres y Zapatero, at the phone
Guti – É pá, tu nem sabes na alhada em que te meteste
Zapa – Eu se calhar vou mas é dizer já que isto está um pântano
Guti – Não, primeiro vê se há aí alguma pintura rupestre no meio duma barragem em construção, e isso entretém logo para dois meses.
Zapa – Olha disseram-me que para mostrar que não sou nada um líder fraco, o melhor é meter portagens nas auto-estradas todas
Guti – Ó filho, o povo agora quer é relaxar um bocado, não vês que estavam todos cansados de tanto frenesim. Manda a tropa para casa. Dá-lhes uma sopinha quentinha, uns cobertores de lã e conta-lhes aquelas histórias para crianças. O povo está muito carente. Aproveita.
Zapa – Mas olha que aqui o pessoal é um bocado bruto, não é como vocês.
Guti – Amansar o povo é a nossa vocação, pá!
Zapa – Só que isto aqui está um molho de brócolos!
Guti – Vocês aí não usam aquele esquema do tabu?
Zapa – Aqui o pessoal é pouco dado a bruxarias.
Guti – Não é isso. Finges que tudo está a ser tratado mas que não podes dizer nada!
Zapa – Então mas foi assim que o Rajoy se lixou?
Guti – Não! Tabu é uma coisa sagrada. Esconder é que é coisa de aldrabões.
Zapa – Ah então por isso é que vocês vão fazendo umas “danças com autobiografias” à volta da fogueira, depois uns “assistentes” vão dando uns gritinhos esquisitos, e no fim sangram uma galinha numa entrevista em directo.
Guti – Tu és espanhol mas não és parvo! Aqui o pessoal como não tem princesas, por isso temos de nos entreter uns aos outros!
Zapa - Estamos aqui com esta conversa de chacha e o assunto é sério...
Guti – Pois é, e tu ainda tens outro problema: não podes demitir ninguém porque ainda nem sequer começaste a nomear
Zapa – Ena pá ! Nem me tinha lembrado disso. Aqui agora já andam sete cães a um osso.
Guti – Belo osso que tu tens aí, sim senhora. O mais que eu te posso fazer é dispensar-te o Melícias.
Zapa – É pá, aqui os socialistas não podem ter amigos padres!
Guti – Então mas essa coisa da guerra civil já foi há que tempo!? Vocês aí levam tudo a peito, chiça.
Zapa – Olha lá, e tu o que é que vais fazer à tua vida?
Guti – Bem, ando indeciso...vocês não precisarão aí de...
Zapa – Calma, nós não estamos tão desesperados assim!
Guti – Vocês são um povo com deficit de diálogo, estão sufocados pelo drama das autonomias, vivem reféns do terrorismo internacional, enfeudaram-se à política do betão do ventríloquo de bigodinho, precisam de alguém que tenha uma visão transversal do mundo....
Zapa – É pá qual foi a desgraça que tiveram aí antes de te elegerem?
Guti – Repara, nós os portugueses somos um povo que sabe o que quer, age sempre de consciência livre e determinada, e não se deixa manobrar pelos obscuros jogos da política internacional
Zapa – O que é que estás a insinuar?
Guti – Eu só queria dizer que no nosso caso foi Nossa Senhora que me beijou na fronte, e mandou o Cavaco dar três voltas ao santuário de joelhos por causa do sofrimento que causou ao nosso povo
Zapa – E...
Guti – E agora o gajo já está outra vez na capelinha das Aparições e eu estou a coçar...a testa.
Zapa – É pá cala-te com isso, que eu estou mesmo à nora. E se agora começam a dizer que eu sou o primeiro líder eleito por sufrágio condicionado pelo terrorismo?
Guti – Andaste a beber cava marada. Começa a gastar o graveto que isso passa-te rápido.
Zapa – Olha que o Bush já me disse que se eu mandar vir os soldados, os gajos fazem boicote ao torrão de Alicante
Guti – Esse gajo é um piquinhas. Diz-lhe que os soldados vêm pró casamento do príncipe e que depois apanharam salmonelas no banquete.
Zapa – Isto aqui não é Marrocos pá!
Guti – Bem se tu dizes...
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