Mentalidades. Em saldos.
O apelo à concorrência é uma pura mistificação, a roçar o bluff, que adorna as ideologias (???) ultra liberais.
Constatar que é preciso estar a competir para se ser competente, é constatar a mediocridade de não se ter energia própria e auto estimulação suficiente para se ser sempre competitivo.
Por outro lado, anunciar a sadia concorrência é outra falácia que só faz vender papel, encher comícios em forma de congressos, e atirar poeira aos olhos dos incautos.
Qualquer empresa busca arruinar os seus concorrentes. Excepto quando:
1. Não se tem concorrentes (o monopólio é o sonho recalcado)
2. Se vive em ambiente de cambalacho (a bela da combinação é um orgasmo garantido; romper uma combinação é um duplo orgasmo)
3. Se aceita uns concorrentes pequeninos que vão tendo estratégias suicidas, e que depois serão comprados em “liquidação total”. (É uma das formas de sucesso mais bem vista na praça)
Só existe concorrência desleal. É uma alavanca, sim senhor, mas não levanta o mundo. É como viver suspenso numa corrente de ar, pensando que se está a dominar uma turbina.
E é pena que os contrapontos (palavra hoje com direitos de autor...) sejam apenas as suaves boçalidades do mercado regulado, ou mesmo autoregulado. E dourar a pílula com a panaceia da “liderança” é pura sacudidela da mesma poeira. Pois se estivermos a dirigirmo-nos para a “merda”, a nossa esperança é que o líder seja mau e portanto demoremos mais tempo a chegar.
Formação. Cultura. Conhecimento. Espírito crítico. Gosto pelo trabalho. Organização do tempo. Espírito de sacrifício. Humildade. Ambição. Porra é assim tão difícil ver as coisas!
Nunca os empresários poderão ser os mobilizadores das novas mentalidades. Nunca. Uma empresa é, e será sempre, um ninho de conflitos internos e externos que sobrevive e cumpre-se nessa eterna conflituosidade de interesses. Para uma empresa a mentalidade é apenas um negócio.
Para os políticos o trabalho sujo. Se eles não prestam compremos outros. Ou fabriquem-se. Fabricar geralmente demora mais tempo.
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