Hoje o novo dicionário não ilustrado foi inspirar-se outra vez na fútil fatalidade dos factos e atacou de retro ( ou seja ... inspirou-se nas terminações). (Eu bem sei que é legal escrever estas coisas, mas agora estou preocupado em saber se será legítimo – coisa que certamente o Bruno me esclarecerá depois de depurar um bocadinho a sua deliciosa - e suavemente “aduladora”? – ausência de preconceitos) (Entradas 475 a 484)
Inimputável – Político que usa como justificação para as suas atitudes, os mesmos argumentos que levam os cidadãos normais a deixarem de puder usar faca e garfo sem limitações
Responsável – Político que usa os mesmos argumentos que o demagogo, mas que não tem o dom da palavra, nem agrada às miúdas.
Presidenciável – Político que, ou agrada às miúdas, ou então às avós delas.
Elegível – Lugar político tipo guarda-fato, onde se põe a rapaziada que se ajusta aos cabides disponíveis, que não se atrapalha com o cheiro da naftalina, nem se incomoda que o estejam sempre a mudar de varão desde que não o misturem com a roupa suja.
Notável – Gajo que rentabiliza o seu engajamento.
Negligenciável – Maravilha do mundo dos factos, que vive suspenso até que a porra da gravidade o faça pousar qual moscardo na sopa dos vigilantes de turno.
Sensível – Ponto de natureza parasexual que leva o poder político a não lhe mexer muito, com medo que lhe ejaculem para a gravata, sem ter tempo para dizer “no cariño”.
Colunável – Vertebrado que gosta de se pendurar, empertigando as vértebras, no estendal das marquises que estão viradas para a paragem dos autocarros.
Instrumentalizável – Escravo moderno cuja galera se chama “sufrágio”, e os remos se chamam votos. A diferença é que o capataz canta música de embalar.
Miserável – Pôr-se atrevidamente em jogo, quando os donos da bola ainda estão a sacudir a caspa da vitória e a limar as unhas da arrogância. (esta com dedicatória, claro...)
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dicionário não ilustrado
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