Hoje o novo dicionário não ilustrado apenas pôs o poder num “saco de gatos”. (tipo coluna de trocadilhos que qualquer suplemento de fim-de-semana usa para explorar leitores fiéis e aliviar tipografias com excedentes de tinta) ( entradas 453 a 465 )



O poder baralhado - poder que queima os trunfos fora do tempo



O poder confundido - poder que derrete ideias boas em processos caldeirados



O poder encaramelado - poder que nunca sabe quando tirar as medidas doces do lume



O poder clientelista - poder que passa mais tempo ao balcão à espera de fregueses do que a arrumar a loja



O poder suicida - poder que vai à janela para receber aplausos, e depois verifica que não está lá ninguém em baixo.



O poder esclarecido - poder que só tem visão nocturna



O poder incompreendido – poder que não cabe em si próprio



O poder atrapalhado - poder que usa a fazenda pública para apenas remendar os buracos



O poder fantoche – poder que tem sempre alguém a mexer-lhe debaixo das saias, mas não se pode rir, nem revirar os olhos



O poder alarmista – poder que em vez de usar a cabeça e uma mão firme, usa uma sirene e uma buzina



O poder responsável – poder que pretende acompanhar a caminhada dos penitentes com uma cantilena de responsos



O poder distante - poder que está sempre a olhar para as suas prateleiras (os trocadilhos são mesmo o refúgio dos incompetentes)



Poder incompetente – o poder que precisa duma oposição afrodisíaca para nos conseguir lixar em condições ( educado, hem...)



E já agora .... parece que o Vasco Pulido Valente vai voltar...Pessoal : o gajo é apenas um mortal que goza com o MST e com o JPP ! (... bem e com mais umas centenas deles...).



É verdade.. se eu um dia me lembrar de entrevistar o novo dicionário não ilustrado isso também pode ser considerado uma inovação no discurso narrativo ?...

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