Às vezes não são rosas senhor
Se o que nós assistimos nos últimos dias pelos chamados “ meios de comunicação “ é o que parece, a situação iraquiana não se adequa à visita não turística dos 150 coitados-GNR-portugueses.
Governar com “sentido de estado” e “noção do papel de Portugal no mundo” não pode ser: “agora só há é que os apoiar”, “não podemos fugir às nossas responsabilidades”, “ há que assumir os riscos das nossas alianças”.
Podemos “andar à nora” mesmo sem ser burros.
Quando elegemos o nosso prosaico-primeiro-ministro não elegemos um grande estadista internacional, mas apenas um tipo para nos diminuir a listas de espera e acautelar das vacas loucas.
A guerra é um fenómeno com o qual podemos ter que viver, mas tem as suas leis. E não julgo que sejam as mesmas das finanças públicas.
Para não ter vistas curtas não basta pôr a mão a fingir de pala de sol. Não estar encandeados não é suficiente para ver bem; há que saber viver na sombra. Se passarmos o tempo a piscar os olhos, ainda vão pensar que andamos a querer engatar alguém.
Para actos simbólicos chegam-me as eleições.
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