Os “comentadores literários” parecem aqueles que estão sempre a bater à porta da casa de banho a oferecer papel higiénico quando nós só queremos é satisfazer os caprichos do corpo em paz (isto era um título)
Já estava a ficar preocupado a ver que só os outros blogues é que recebem correio qualificado. Foi então que...Fátinha Felgueiras – num hospital brasileiro, curando-se duma unha encravada ao desatar um nó do seu ultimo saco azul - não quis ficar atrás do VPulidoValente e mandou-me uma carta sobre a sua leitura pessoal do novo livro de ALobo Antunes
“ O “boa tarde...qualquer coisa “ é um romance confuso. O senhor que o escreveu deve ter problemas de tabulação lá no computador dele. Ou então é uma “fobia da esquadria”... (Isto lá nas câmaras resolve-se com umas rotundas). Aquilo não é livro que se possa oferecer no Natal!!! Uma pessoa começa a lê-lo e só acaba lá prá Quaresma; o espírito da epifania mistura-se com o do sofrimento...bem.. afinal até tem tudo a ver...
As palavras nem são difíceis – aqui no Brasil é bem pior – mas eu acho que o sacana faz de propósito para nos ludibriar os neurónios com a obsessão de misturar os discursos e os tempos (Na câmara, se eu fizesse isso diziam logo que era corrupta porque não mostrava as coisas às claras).
Ouvi-lhe dizer que este é o “território da ficção”. Eu vi logo que não era única a driblar o PDM. O magarefe do Antunes também não tem regras nenhumas, é um urbanizado a meter-se numa reserva ecológica, e o pessoal depois de ler tem é que ir enfiar os miolos na enceradora (eu também queria mandar fazer uma lá em Felgueiras...ou era incineradora??)
E é muito feio escrever sobre terras inventadas, porque as terras já não se podem defender e nós ficamos sem as nossas referências (lá no PS também diziam que perder na nossas referências era muito mau), não sabemos quais são as carreiras que se apanham e se quisermos fugir do romance, vamos para onde, se já não sabíamos onde estávamos???
E é muito triste aquele ar distante de quem parece que não controla o enredo (e ainda nos criticavam com o resvalar das empreitadas). Um escritor tem que ter a sua personalidade. Não se pode levar pelas falinhas mansas das personagens. Senão elas mandam nagente e fica como nas telenovelas e na política; ora o senhor Antunes, que me dizem não ser desses, como é que se mete nestas alhadas!? “
O Lobo Antunes que não consegue escrever nada sem vir ler este blog, de certeza que não se vai ficar ...
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