"Judiarias"



Garantir desde já que Santana Lopes será candidato a Belém é um favor que se faz ao país e à política portuguesa.



Em primeiro lugar talvez os socialistas se vejam novamente tesos para levantar a garupa da luta política, e assim talvez isto aguente o PS mais um bocadito até morrer de vez. Cavaco continuará a escrever artigos dizendo que já tinha previsto tudo há carradas de anos, e nós ficamos mais sossegados por saber que ele continua a zelar por nós.

MSoares saltará a correr da bicha da caixa de previdência e escreverá a sequela do bestseller “ Meu filho, meu tesouro”. Os flocos de esquerda continuarão as peregrinações na serra do Louçã, recalcando os seus “seminarismos libertário-socialistas” com teatros obscenos de rua.

Marcelo entalado entre o “ódio óbvio e as aparências que já não iludem”, cansado de fazer tanta opinião que já não sabe qual é a dele, irá escrever a meias com Freitas um drama sobre a pedofilia na 1ª dinastia, para o APVasconcelos levar ao altar do cinema numa superprodução que secará a pia da água benta dos subsídios por cem anos.

E a direita científica? À nora, mudam de agulha e aderem ao movimento de anti-globalização. O BoaventuraSS acolhe-os porque descobre que a esquerda já não derruba horizontes. Portugal será o mestre-de-cerimónias da grande fusão ideológica dos tempos modernos.

Depois isto até pode animar, porque Deus talvez volte a pensar em nós como segundo povo escolhido. O cordeiro a oferecer será eleito juntamente com o referendo à constituição europeia. As doze tribos serão os clubes de futebol (qu’é para não se estragarem mais famílias).

E se por mero acaso Santana perder (para Guterres ou para Narciso Miranda), irá emparelhar com a bailarina Odetesantos recitando trocadilhos políticos no túnel das amoreiras.

Deus, vendo Guterres, vai-se arrepiar e nem espera por Moisés levando-nos a todos pela mão para a Terra prometida. E lá nos vamos desenrascar outra vez (mais praga menos praga...)



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