Parecer ser para ser bem aparecido



A vida em sociedade, tal como assistimos e participamos, com mais ou menos comoção, mais ou menos exaltação e mais ou menos indiferença, assenta em “variáveis” muitas delas de insondável ponderação.



A condição do indivíduo perante o Estado, é uma delas e existe não só “in facto”, mas também ( essencialmente ? ) na percepção individual dessa condição.

Esta percepção é então por sua vez um elemento chave daquilo a que se poderá chamar a “coabitação saudável do indivíduo com um poder autoritário, discricionário, externo, legal e organizado”

Tem-se aceite que essa sã coabitação é nevrálgica para o chamado “aperfeiçoamento da sociedade”.



O principal atentado a essa percepção é a emissão voluntária ou involuntária de sinais que revelem a fragilidade ( real ou potencial ) do indivíduo perante esse poder. E pior, que mostrem que só "há é que aguentar".



Por mais que possa custar a quem julga ter os seus direitos bem defendidos, a quem pensa que o poder cai na rua, ou que se perde a eficiência, ou que seremos governados por tolos sérios, não vejo alternativa : O estado tem de parecer ser dos cidadãos. O direito por si só não resolve o "dilema" ( como bem se lia no teorias do céu “ o direito dificilmente reporá a protecção contra a intrusão arbitrária do soberano na escolha individual” )



E sejam bem aparecidos os que parecem bem. ( eu nem acredito que escrevi isto !...)

A mão invisível tomará conta do resto. E o novo dicionário afagará as minhas mágoas.

Ah ...esqueci-me, temos escolhas sim senhor ..aquele rapaz alemão de bigode pequenino...

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