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Luna Park

N'atteignent à la folie que les bavards et les taciturnes: ceux qui se sont vidés de tout mystère et ceux qui en ont trop emmagasiné. - Cioran, Syllogismes de l'amertume (p. 145)
Vai uma saladinha de frutas prá mesa do fundo
Literatura mal comparada

Para princípo de conversa
«Aquilo que pode fazer de ti um homem de bem existe dentro de ti» Séneca, ‘Cartas a Lucílio’ ( 80-4)
Tem dias,

mas...
«Les hommes ne vivent pas en eux, mais en autre chose» E.M. Cioran, ‘Le crépuscule des pensées’ ( cap. VIII)
Entendam-se porra,

porque senão até me vai custar dar razão a este gajo
«...it does not matter (…) how often humanity fails to imitate its ideal; for them all its old failures are fruitful. But it does frightfully matter how often humanity changes its ideal; for then all its old failures are fruitless» Cherterton, ‘Orthodoxy’, cap. ‘The eternal revolution’;

mas a conclusão será sempre de
Pavese: «em matéria de amores só toleramos os nossos» no livro do costume.

Haverá quem ponha mão nisto?
“Back is on. Somehow on”



...E eu que tinha preparadinha uma referência do E. Cioran (um rapaz também muito esclarecido) retirada da sua (penso) ultima entrevista (já lhe perdi o rasto): «A religiosidade pode ser tola, mas tem raízes muito profundas» (seguido de risos, segundo consta) e encaixava tão bem no último post, que agora fiquei desconsolado de não me ter lembrado, até porque isto de ser profundo tem muito que se lhe diga. Creiam-me.



...mas, vendo bem: dizer aforismos é apenas ir por aí afora. Mais vale estar quieto a dizer desaforos. Ou então ir desabafar.



Nota: a expressão “tem muito que se lhe diga” utiliza-se principalmente quando não se sabe o que dizer.
Às vezes tenho uma certa pena de pensar assim



Nunca haverá um texto excelente sobre o aborto, nem sobre a vida, nem sobre a morte, nem sobre o sexo, nem sobre a droga, nem sobre o amor, nem... (*)



Limitar-nos-emos sempre a dizer coisas mais ou menos engraçadas, mais ou menos sentidas, mais ou menos com sentido, mais ou menos enroladas.



Lembro-me outra vez do que dizia Ernesto Sabato (quando “relatava” o seu encontro em Paris com E. Cioran): «Os problemas humanos não são aptos para a coerência»



A política foi “inventada” para nos libertar desse fardo que é, muitas vezes, não sabermos o que fazer da nossa condição.



Tal como as aspas foram inventadas para quem tem medo das palavras



(*) e pensando bem nem sobre muitas outras coisas, e não deixa de ser por isso, é verdade, que não se deve pensar nelas